SEGURANÇA EM FOCO: Por Major Marcelo Faber Comandante da 2ª Cia do 19º Batalhão da Polícia Militar
Quem ganha ao descredibilizar as polícias?
Em tempos de debates acalorados nas redes sociais e opiniões instantâneas que viralizam antes mesmo de os fatos serem esclarecidos, um fenômeno perigoso se repete: a tentativa constante de descredibilizar as polícias. A pergunta que devemos fazer não é apenas por que isso acontece, mas principalmente quem ganha com isso?
A resposta, infelizmente, não é a sociedade. Não são as famílias que desejam segurança nem os trabalhadores que madrugam para cumprir suas rotinas. Quem ganha ao enfraquecer a confiança nas instituições policiais são justamente aqueles que se beneficiam do caos: o criminoso comum, o traficante, o ladrão oportunista, o estelionatário que vive da desordem e da falta de confiança pública.
Quando um crime ocorre – seja um furto, um roubo ou uma série de pequenos delitos –, a primeira instituição chamada é a Polícia Militar. É ela quem chega, quem coleta informações, quem identifica suspeitos, quem prende, quem restabelece a ordem. Foi assim recentemente na região, quando, após uma sequência de furtos e um roubo, a corporação não apenas intensificou o patrulhamento, mas rapidamente identificou os autores, permitindo que mandados de prisão fossem expedidos e devolvendo à população a tranquilidade que lhe havia sido momentaneamente roubada.
Ainda assim, há sempre aqueles que, diante de qualquer episódio isolado, tentam construir narrativas distorcidas, criando versões fantasiosas dos fatos com o único objetivo de manchar a imagem da Polícia Militar. Curiosamente, essas críticas quase nunca partem de quem realmente conhece a rotina da instituição ou entende o risco diário de quem sai de casa para proteger vidas. Partem, muitas vezes, de quem jamais precisou correr atrás de um criminoso na madrugada, de quem nunca consolou uma família em situação de violência, ou de quem jamais teve de decidir, em segundos, a melhor forma de evitar que uma tragédia maior aconteça.
Narrativas que atacam a polícia fragilizam a sensação de segurança, alimentam o discurso do medo e reforçam a impressão de que “nada funciona”. Mas quando uma ou outra pessoa tenta quebrar essa tranquilidade, é a própria Polícia Militar que está lá – firme, presente e preparada – para restabelecê-la. E isso não é discurso; é prática diária, comprovada pelos indicadores de criminalidade, pelos flagrantes realizados, pelos mandados cumpridos e pela redução consistente dos índices de violência em diversas regiões.
Desacreditar a polícia não fortalece a democracia nem aprimora a segurança pública. Ao contrário: enfraquece a maior barreira entre a sociedade e o avanço da criminalidade. A crítica responsável é essencial e sempre será bem-vinda, pois permite a melhoria contínua. Mas a desinformação, o ataque injusto e as narrativas distorcidas apenas servem a quem deseja ver a ordem enfraquecida.
No final, quem perde com isso somos todos nós. E quem ganha é quem vive da desordem.
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