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COMÉRCIO ILEGAL DE EMAGRECEDORES PREOCUPA NUTRICIONISTAS E INDÚSTRIA FITOTERÁPICA

O comércio ilegal de pílulas para emagrecer preocupa nutricionistas, a Diretoria de Vigilância em Saúde e os fabricantes de fitoterápicos. Esses remédios, muitas vezes vendidos pela internet, representam um risco à saúde dos consumidores.

Após a exibição da série "Pílulas mortais", da NSC TV, mais vítimas se manifestaram via redes sociais. Uma moradora de Joinville declarou que o remédio "estava me matando aos poucos". 

A nutricionista pós-graduada em nutrição esportiva e fitoterápicos Anauã Franco disse que já foi consultada sobre as pílulas. 

"Dois clientes que haviam me perguntado sobre o que eu achava desse tipo de produto e na mesma hora eu falei 'não, não existe isso de milagre. Não tem como emagrecer de uma forma saudável em um curto espaço de tempo'. Essas substâncias que são vendidas na internet não têm fiscalização, não são registradas e a gente não sabe exatamente o que tem ali", afirmou. 

Ela orientou: "O caminho que tem que ser buscado é mudar a alimentação, praticar exercício, mudar comportamentos também. As pessoas estão entregando a saúde delas sem nem saber a consequência de tudo isso. Não é uma brincadeira, pode realmente levar a óbito". 

De acordo com o Instituto Geral de Perícias, uma mulher morreu em Lages, na Serra catarinense, intoxicada por um falso emagrecedor natural - havia sibutramina e diazepam nas cápsulas. É um crime que preocupa a polícia de todo o país. Uma morte é investigada no Piauí e outra, em Rondônia. 

Fiscalização 

A superintendente da Vigilância em Saúde do estado, Raquel Bittencourt, falou das dificuldades da fiscalização - já que o comércio é feito, principalmente, pela internet.

"Muitas vezes a gente localiza, mas o provedor é internacional. Rapidamente eles vendem e já mudam de endereço. Não existe endereço físico para que a gente possa ir fazer a ação. Então é muito complicado", afirmou. 

Todo produto com fins terapêuticos - mesmo os que são feitos à base de plantas - precisa ter o endereço do fabricante e selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

A Associação que representa o setor de fitoterápicos no país, por nota, disse nesta segunda-feira (23) que o comércio clandestino de falsos compostos naturais "acabam prejudicando os produtos que são fabricados dentro da regulamentação, estabelecida pela Anvisa". 

Quem segue as regras de produção e do mercado de fitoterápicos está preocupado e cobra um controle maior com a venda ilegal. 

"A gente que trabalha corretamente acaba sofrendo as consequências. As pessoas acabam entendendo que todo mundo é farinha do mesmo saco, mas não é. Existem empresas sérias no Brasil, existem empresas que estão totalmente regulamentadas pela Anvisa e que realmente levam saúde para as pessoas", afirmou Gediel Martins, fabricante de fitoterápicos.

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