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CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

O autismo é uma doença que pode e deve ser tratada, onde os profissionais garantem bons resultados quando o tratamento é levado a sério. Existem cerca de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo.
No dia 02 de abril, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU), para promover a discussão do assunto, visando à melhoria da qualidade de vida dos autistas. Nesta data, pais, profissionais e governantes procuraram se unir para a conscientização e alerta de uma síndrome que cada vez mais afeta novas crianças.
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) já começam a demonstrar sinais nos primeiros meses de vida, elas não mantêm contato visual efetivo e não olham quando você chama. "Cada criança é uma criança". A frase pode parecer simples, mas é vital para entender o autismo. A partir dos 12 meses, por exemplo, elas também não apontam com o dedinho e não respondem a estímulos sonoros. No primeiro ano de vida, demonstram mais interesse nos objetos do que nas pessoas e quando os pais fazem brincadeiras elas podem não demonstrar muita reação.
O diagnóstico do autismo é clínico, feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Um dos primeiros sintomas é na interação social, ou seja, no modo de se relacionar com outras crianças e adultos. Uma das teorias que explica esse comportamento afirma que o autista tem dificuldade de entender o outro e de se colocar no lugar de alguém. Não compreende sentimentos e vontades, por isso se isola. O segundo sintoma recorrente é a dificuldade na comunicação, onde as crianças que não desenvolvem a fala e outras que têm ecolalia (fala repetitiva). Como terceiro sinal há a questão comportamental, as ações podem ser estereotipadas e repetitivas. Qualquer mudança na rotina passa a ser incômoda para o autista. Os sintomas costumam estar presentes antes dos três anos de idade, sendo que as dificuldades dos pacientes em interagir socialmente podem acompanhar o autista ao longo de sua vida.
O mais importante é que o autismo é uma doença que pode e deve ser tratada, onde os profissionais garantem bons resultados quando o tratamento é levado a sério pelo paciente e pelos familiares. Os profissionais da Fonoaudiologia, Psicologia, Psicopedagogia, Psiquiatria e Fisioterapia são os que mais ajudam para obter um melhor resultado na vida do autista. Na maioria dos casos é necessário o uso de medicamentos para controlar sintomas específicos como agressividade, ansiedade intensa e hiperatividade. Hiper ou hiposensibilidade também podem se manifestar de forma diferente nos sentidos da criança que se enquadra no TEA. Um exemplo é na audição, ela pode se sentir incomodada em locais barulhentos ou ter afinidade com alguns sons. Já no paladar, ela não tolera determinados sabores, por isso, insiste em comer sempre os mesmos alimentos. E nos dias frios, enquanto você usa um casaco pesado, o autista pode dispensá-lo, pois a hiposensibilidade tátil faz com que ela não tenha a mesma sensação de temperatura que as demais. Quando se machuca, talvez não sinta dor.
Para o pai do pequeno Eduardo Berão, "conviver com uma criança que foi diagnosticada autista é muito difícil, pois exige muito cuidado, determinação e muito amor. Elas nos proporcionam muitas felicidades, pois são especiais em nossas vidas. Embora ficamos muito tristes pela situação, por outro lado não poderia ser nada diferente. Se eu tivesse que mudar algo para poder dar uma vida melhor para o meu filho, mudaria as pessoas que se julgam "normais", pois nada mais confortante do que saber que seu filho apesar das dificuldades é um anjo e não tem maldade alguma no coração", diz Cristian Berão.
Ainda sem saber ao certo o que causa o autismo, cientistas têm trabalhado em conjunto na busca por respostas.

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