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CRIANÇAS DE 4 ANOS FOGEM DE CRECHE SEM MURO EM NAVEGANTES

  • - Única barreira é uma cerca, que tem buracos por toda parte (Foto: Luiz Souza/NSC TV)

Crianças voltaram sozinhas. 'Quando cheguei, a professora estava apavorada', relembra uma mãe.

Duas crianças de 4 anos fugiram de uma creche em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, porque a instituição da prefeitura, inaugurada em 2011, não tem muro. As professores só perceberam que os alunos tinham saído quando eles já estavam voltando da rua sozinhos, como mostrou o Jornal do Almoço desta quarta-feira (13).

No pátio onde brincam as 300 crianças da creche, qualquer pessoa entra ou sai a hora que quiser. A única barreira é uma cerca, que tem buracos por toda parte.

No dia 5 de setembro, o filho da Gabriela Vicente Nunes e o filho da Paola Cristina da Silva fugiram durante o ensaio do desfile de 7 de setembro.

"Quando cheguei, a professora substituta estava apavorada. Ela falou: quando eu vi eles tavam vindo lá da rua, com as mochilas, as roupas caindo. Imagina, e se não voltam?", relembra Paola.

A creche fica ao lado de um terreno baldio. As crianças contaram para os pais que percorreram todo o terreno e foram até um ponto de ônibus. As professoras só perceberam quando já estavam voltando para a creche.

As mães não sabem quanto tempo os filhos ficaram fora. "Não fazemos nem ideia, foi durante todo o tempo do ensaio do 7 de setembro", conta Gabriela.

Por onde as crianças saíram, entram cachorros e, segundo as mães, vândalos que destroem os trabalhos dos alunos à noite e nos finais de semana.

'Falha da gestão anterior'

A creche inaugurada pela prefeitura de Navegantes em junho de 2011 nunca teve muro. A Secretaria Municipal de Educação diz que foi uma falha da gestão anterior e que já fez a manutenção da cerca várias vezes.

A secretária de Educação, Regina Correia, garante que nesta quarta-feira (13) começa a construção do muro. "Eu acredito que leve de 15 a 20 dias, até porque a extensão do muro é bem grande", diz Regina.

Até lá, a preocupação das mães continua. "Eu não consigo mais trabalhar direito porque eu fico pensando: vai que eu chego um dia e ele não está aqui?", afirma Paola.


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