A Apae de São João do Sul além de realizar um trabalho de reabilitação com crianças, jovens e adultos, vem trabalhando a prevenção das deficiências, através de um lindo projeto idealizado pela Federação das Apaes de Santa Catarina em 2012, chamado Programa Prevenir. Segundo a Organização Mundial de Saúde mais de 70% das deficiências podem ser evitadas.

Nesta semana em comemoração à data (05 de maio), que enfatiza o dia nacional do uso racional de medicamentos, a Apae vem trazer informações sobre a automedicação durante a gravidez e suas consequências.

A automedicação é a maneira com que pessoas por vontade própria ou orientação de amigos ou familiares tomam medicamentos sem prescrição médica para tratar diferentes problemas de saúde, sem conhecer os efeitos do medicamento.

O uso de medicamentos na gestação representa um desafio para a medicina, visto que grande parte dos fármacos atravessa a barreira placentária e, a maioria, não foi testada clinicamente em gestantes, podendo vir a ocasionar diversos problemas congênitos ao feto. Os efeitos sobre o feto dependem do fármaco ou substância, da paciente, da época de exposição durante a gestação, da frequência e da dose total, redundando potencialmente em aspectos teratogênicos ou com consequências farmacológicas e toxicológicas diversas.

Segundo a literatura alguns efeitos físicos da automedicação durante a gravidez são: atraso no crescimento intrauterino, perda de líquido amniótico, surdez no bebê, atraso no desenvolvimento, malformações congênitas como fissura lábiopalatina, malformações do sistema nervoso, aborto espontâneo, deficiência Intelectual, dentre outras. A automedicação na gravidez pode ainda causar efeitos psicológicos, como depressão, stress, ansiedade, insônia, irritabilidade e sentimentos de culpa e medo.

A falta de informação e de recursos financeiros, a dificuldade na utilização de serviços de saúde imediatos, a dificuldade na obtenção de medicamentos, e ainda a influência de amigos e familiares tem contribuído para a crescente prática da automedicação na gravidez.

Nossa orientação é: cuidado com a automedicação. Converse com o seu médico, ele é o profissional mais qualificado para lhe ajudar. Trabalhando a prevenção, isso é conscientização.