Quem conhece a história de Praia Grande (SC) não esquece dos freis Protásio e Gervásio que contribuíram para o crescimento e o desenvolvimento do município.

Com a proximidade da festa religiosa de Praia Grande, que acontece no próximo final de semana, nos dias 16 e 17 de julho, o Jornal Informativo Regional faz uma reflexão sobre a cidade.
Embora o município cresça a passos largos com os investimentos realizados pela atual administração e o reconhecimento pelo trabalho realizado por todos os prefeitos, vices e vereadores que passaram pela administração municipal e também, o excelente trabalho de evangelização do pároco frei Francisco Pasinatto e do vigário frei Osmar Otávio Junior, não se pode negar a influência econômica e social de dois padres que passaram pela região na década de 50 e 60.  
O frei Protásio e seu irmão gêmeo Gervásio Ferronato foram alguns dos idealizadores e construtores de várias obras importantes que são preservadas até hoje no município de Praia Grande, entre elas a construção do hospital de caridade Nossa Senhora de Fátima e a Igreja Matriz São Sebastião.
A construção do único hospital da região de Praia Grande, São João do Sul (SC), Passo de Torres (SC), Mampituba (RS) e Morrinhos do Sul (RS), o Hospital Nossa Senhora de Fátima iniciou no dia 21 de agosto de 1959 e no dia 04 de março de 1962 foi inaugurado. Na época, a mão de obra para a construção foi de voluntários, com destaque especial para religiosos de todas as comunidades pertencentes a paróquia São Sebastião, que contribuíam com mão de obra, doações de mantimentos, produtos agrícolas e até aves e ovos para manutenção dos gastos com os investimentos.
Um dos idealizadores destas obras importantes, frei Protásio Ferronato nasceu no dia 10 de agosto de 1921, em Veranópolis (RS). Filho de Pedro Ferronato e Antonietta Coldebella. Irmão gêmeo de frei Gervásio, ele tinha outro irmão religioso: frei Ângelo que esteve atuando também na paróquia de São João do Sul.    
Professou em 06 de janeiro de 1943 em Flores da Cunha (RS) e  ordenado sacerdote em 19 de dezembro de 1949 em Veranópolis (RS), frei Protásio destacou-se no trabalho pastoral paroquial em Sananduva (RS); nas cidades paulistas de Birigui, Dracena e Pompéia e Praia Grande, em Santa Catarina. Em 1976, veio para a Província do Brasil Central e trabalhou nas cidades goianas de Caldas Novas e Corumbaíba e Rio Negro no Mato Grosso do Sul, onde veio a falecer, vítima de hipertensão arterial grave.    
Aos 58 anos de idade, 36 anos de vida religiosa e 31 de presbítero, está sepultado em Campo Grande (MS). Já o seu irmão, frei Gervásio Ferronato professou em 06 de janeiro de 1943 em Flores da Cunha e foi ordenado sacerdote em 19 de dezembro de 1948 em Veranópolis. Irmão gêmeo de frei Protásio. Irmão também de frei Ângelo, trabalhou em São Francisco de Assis e Pelotas no Rio Grande do Sul; Dracena (SP); Praia Grande (SC); Caldas Novas (GO), Corumbaíba (GO), Anápolis (GO) e Rio Negro (MS). Dia 07 de janeiro de 1998, doente com diabetes, cardíaco e com úlcera estomacal, foi acolhido pela Província-Mãe, onde veio a falecer, no mesmo ano, de Insuficiência Cardíaca em Caxias do Sul (RS). Foi sepultado em sua terra natal (Veranópolis) aos 77 anos de idade, com 55 anos de vida religiosa e 50 de presbítero. 
Os freis Gervásio e Protásio eram empreendedores, simples, humilde e amavam a natureza.