Intuito é levar informação para qualificar ainda mais o processo nas comunidades.

A realidade encontrada na área rural do município de Torres, com relação ao queijo produzido para autoconsumo nas pequenas propriedades rurais, fez com que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Pesca e o escritório da Emater de Torres, unissem esforços para atuar na direção de reduzir ao máximo os riscos à saúde que a população está exposta em função das práticas adotadas na fabricação caseira do queijo.

Foi constatado que 100% do queijo de fabricação caseira utilizava leite sem pasteurização e era consumido antes mesmo de chegar a meia cura. Também foi diagnosticado que cada produtor que faz fabricação caseira possui a sua própria receita.

O queijo produzido com leite não pasteurizado e antes de estar completamente curado expõe seus consumidores a um alto risco de contaminação por organismos patogênicos ao ser humano, o que trouxe grande preocupação às instituições de extensão rural do município.

As oficinas, por sua vez, trabalham principalmente a questão da pasteurização do leite como técnica indispensável para a obtenção de um queijo que não ofereça risco á saúde de seus consumidores. Também são trabalhados pontos fundamentais para obter a máxima qualidade do leite para a fabricação de seus derivados, que são a higiene da ordenha, a refrigeração do leite, a higiene na manipulação e nos equipamentos da cozinha onde é elaborado o produto.

Como o queijo é o resultado de uma combinação de arte e ciência, são também abordados algumas técnicas fundamentais e básicas da ciência do queijo, adaptados à arte da receita de cada agricultor.

Duas oficinas já foram realizadas, sendo uma na localidade do Barro Cortado e outra em Areia Grande, totalizando 15 agricultoras. Estão agendadas mais quatro oficinas com as comunidades rurais do Rio Verde, Itapeva, Campo Bonito e Jacaré.