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Secretário defendeu continuidade de obras de infraestrutura como estratégia para retomada econômica.
Nesta quinta-feira (14), o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, participou de uma videoconferência online realizada pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), onde defendeu a recuperação dos empregos como prioridade nos planos de recuperação econômica do Estado.
"Antes da pandemia a gente veio com um grande pacote de incentivos fiscais, mas isso só funciona se as empresas venderem. Para isso, as pessoas precisam ter renda para comprar. Essa retomada da economia depende da volta do poder de consumo das pessoas, portanto precisamos construir novos incentivos baseados na recuperação do emprego", explicou.
Uma das estratégias para esta retomada será a continuidade das obras de infraestrutura. Segundo Eli, o investimento em projetos de desenvolvimento são importantes para que a arrecadação volte ao padrão pré-pandemia. O secretário garantiu que mesmo com a queda na arrecadação, o Estado irá concluir as obras que já iniciou.
"Nesse momento o Estado tem mais de R$ 600 milhões em obras de infraestruturas ativas. Nós não iremos paralisar essas obras. Separamos recursos próprios para isso e escolhemos pontos estratégicos, gargalos de desenvolvimento que quando resolvidos, ajudarão na nossa retomada econômica", destacou.
"Nós temos um povo que sabe fazer negócio. Se tivermos um bom produto, nós vamos vender. O ambiente é competitivo e favorável. Além disso, nossa mão de obra é qualificada. Terminada a pandemia, Santa Catarina vai voar", afirmou.
Desempregados em SC
Durante o encontro, Paulo Eli foi questionado pelo presidente da Facisc, Jonny Zulauf, sobre a pesquisa do Sebrae/SC que apontou mais de 500 mil demissões no Estado desde o início da pandemia. O secretário respondeu que o índice de desemprego medido pela pasta é feito pelos pedidos no seguro-desemprego, mas reconheceu o aumento do número de desempregados.
"Em abril, 45 mil pessoas requisitaram o seguro-desemprego em Santa Catarina, contra 22 mil pedidos em março. Esse é o nível de desemprego que a gente considera. Se a crise continuar, é provável que esse cresça ainda mais", disse.
Segundo o secretário, o Estado não tem mecanismos para auxiliar essas pessoas de maneira imediata. "Isso é responsabilidade da União, que também está muito endividada. Nós não temos como auxiliar essas pessoas além do seguro-desemprego. O que podemos fazer é tentar recuperar esses empregos", afirmou.
Sobre o apoio da União aos estados, o secretário disse que ele será insuficiente. "Santa Catarina vai receber R$ 1,3 bilhão do Governo Federal, mas isso não é suficiente. Em um mês a perda de arrecadação ultrapassa R$ 1 bilhão. Com a pandemia, algumas despesas até diminuem, mas outras são fixas, como folha de pagamento e previdência", ressaltou.
Transporte Coletivo
Zulauf aproveitou o encontro para destacar ao secretário a importância do transporte coletivo na rotina das empresas e trabalhadores. O presidente da Facisc fez um apela pela volta desta atividade, e defendeu uma estratégia vertical na retomada.
"O interior não tem pontos centralizados com grande quantidade de passageiros em plataformas de embarque e desembarque, como acontece na Capital. Algumas empresas estão trabalhando com transportes alternativos para levar o empregado ao trabalho, o que além de gerar um custo também é um risco à segurança. Com isso propomos um acompanhamento vertical para reabertura do transporte coletivo no Estado", explicou.

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