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EPAGRI REALIZA PALESTRA SOBRE VIROSES DO MARACUJAZEIRO

A palestra aconteceu na Câmara Municipal de Vereadores de São João do Sul (SC), no dia 03 de novembro.
Na quinta-feira, 03 de novembro, ocorreu nas dependências da Câmara Municipal de Vereadores de São João do Sul uma palestra sobre viroses do maracujazeiro, mais especificamente a virose do endurecimento dos frutos da planta.
Para um público total de 120 participantes, o pesquisador da Epagri de Urussanga (SC), Luiz Augusto Martins Peruch e os engenheiros agrônomos e extensionistas rurais da Epagri em São João do Sul, João Armando Neves dos Santos e Diego Adílio da Silva palestraram sobre essa doença e os manejos a serem realizados para diminuição/eliminação da incidência na região.
Foram relatados ao público os sintomas que aparecem nas plantas quando a mesma está infectada. Os principais sintomas são o mosaico e a formação de bolhosidades nas folhas. Outro sintoma que pode vir a ocorrer é o encurtamento dos entrenós, isto é, as folhas são formadas mais próximas umas das outras do que o habitual. Também chamaram atenção sobre os vetores, ou seja, os insetos que transmitem o vírus de uma planta para outra. O principal deles é o pulgão, cujas espécies mais comuns são a Myzus persicae, Aphis gossypii e Aphis fabae.
É importante salientar que não existe método de controle viável para esses insetos, pois este se reproduz com muita rapidez e em grandes quantidades, portanto, a aplicação de inseticida não possui efeito satisfatório, tornando a atividade economicamente e ambientalmente inviável. Deve-se evitar que algumas plantas como abóboras, pepinos, amendoim, soja, entre outros estejam aos arredores da plantação de maracujá, pois as mesmas são hospedeiras dos pulgões que transmitem a virose. Além dos pulgões, o vírus pode ser transmitido por tesoura de poda e outras ferramentas que são utilizadas na cultura do maracujá e podem causar ferimentos nas plantas.
Por fim, foram relatados os controles possíveis desta doença. O controle cultural é ponto de fundamental importância para a contenção da virose. Não se deve trazer mudas de fora da região devido ao risco de introdução de novos focos da doença. Produzir na região mudas de qualidade, eliminando a produção de mudas de outros locais, utilizando nos viveiros telados antiafídeos, ou seja, que impeçam a entrada de pulgões no abrigo onde estão sendo cultivadas as mudas. Utilizar mudas grandes (80 cm) acarreta em menos problemas com a virose. Eliminar plantas suspeitas e plantas doentes devido a rápida disseminação nos pomares. Trabalhos de São Paulo indicam que eliminação de plantas novas em vistorias periódicas reduzem as perdas provocadas pela doença. O controle genético é outra forma de conter esta doença, porém poucos são os estudos sobre este tema. O mais importante a ser frisado é que não existe controle químico (agrotóxicos) para doenças causadas por vírus.
A Epagri, em parceria com diversos atores do meio rural atua na orientação aos produtores sobre esta doença. "Vale salientar que não há motivo para desespero. Teremos uma safra normal este ano. O que orientamos, é que ao fim da safra, todas as lavouras sejam arrancadas para que se faça o vazio sanitário, ou seja, a inexistência de possíveis plantas doentes que possam contaminar as plantas da próxima safra. Além disso, a organização em comunidades pelos agricultores é de suma importância, para que haja efetivamente a eliminação de toda e qualquer lavoura desta safra. A entrada de mudas de fora, do município de Biguaçu (SC) para cima deve ser evitada", concluem os técnicos da Epagri.
Para mais informações, procure o escritório da Epagri de seu município.

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