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COVID-19: MINISTÉRIO DA SAÚDE FALA SOBRE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

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Anderson Riedel -
No Brasil, covid-19 infectou mais de 374 mil pessoas.
Nesta terça-feira (26), o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, e a coordenadora do programa nacional de imunizações, Francieli Fontana, participaram de entrevista, no Palácio do Planalto, sobre vigilância em saúde e covid-19.
De acordo com o secretário Eduardo Macário, o Brasil é o 2º país em número de casos de covid-19, mas o 51º em incidência, quando a quantidade de pessoas infectadas é analisada proporcionalmente à população. Enquanto o país ocupa a 6ª posição em número absoluto de mortes, fica em 14º em mortalidade, quando esses óbitos são comparados com o total da população.
Macário afirmou que os números mostram o Brasil em uma curva ascendente, tanto no número de casos quanto no de mortes. Já outros países com grande número de casos e mortes já estão em uma trajetória ou de estabilização ou descendente.
Na avaliação por região, o Norte apresenta essa dinâmica ascendente. O estado com maior número de pessoas infectadas, o Amazonas, já apresenta uma inflexão, com redução do número de mortes por semana. Mas o secretário substituto ponderou que ainda é cedo para falar que já está se passando o pico da pandemia no Amazonas.
O representante do Ministério da Saúde apontou uma tendência de interiorização da pandemia. No dia 27 de março, 5,3% dos municípios tinham casos confirmados. No dia 25 de abril, o índice subiu para 30,9%, e em 25 de maio, para 67,7%. No total, 3.771 cidades registraram pessoas infectadas. No recorte por região, o maior percentual de cidades com casos confirmados é o Norte, com 83,8%. Em seguida vêm Nordeste (79,9%), Sudeste (63,4%), Sul (56%) e Centro-Oeste (50,3%).
Testes
O Ministério da Saúde adquiriu 13,9 milhões de testes de laboratório (PCR). Mas, segundo informou a pasta, deste total, 4,77 milhões foram entregues até o momento, sendo que 3,12 milhões já foram distribuídos aos laboratórios nos estados. Até agora, foram realizados 460,1 mil testes, ou seja, menos de 10% do total comprado pelo ministério.
Em laboratórios privados, já foram processados 411,7 mil exames. Quando reunidos, os laboratórios públicos e privados, o total fica em 871,8 mil. Já os testes rápidos tiveram 6,66 milhões de kits distribuídos.
Eduardo Macário afirmou que a diferença entre a contratação e o recebimento de testes se deve à dificuldade operacional de aquisição.
"A gente não compra 14 milhões de teste deste nível na esquina. Temos que programar aquisição. A maioria destes exames é importada. Além do processo de produção tem a vinda e estamos passando por um problema de transporte aéreo. Mas todos os cronogramas entregues estão sendo cumpridos", disse.
De acordo com boletim do Ministério da Saúde, divulgado ontem (25), covid-19 infectou 374.898 brasileiros. Desse total, 153.833 estão recuperados. A doença provocou 23.473 óbitos.
São Paulo passa de 6,4 mil mortes e 86 mil casos do novo coronavírus
Com 203 mortes registradas nas últimas 24 horas, o estado de São Paulo chegou hoje (26) a 6.423 óbitos pelo novo coronavírus (covid-19).
O estado contabiliza, até este momento, 86.017 casos confirmados do novo coronavírus. Dos 645 municípios do estado, 511 registram pelo menos um caso da doença.
O número de pacientes internados com suspeita ou confirmação da covid-19 passa de 12 mil em todo o estado, sendo 4.779 internados em unidades de terapia intensiva (UTI) e 7.506 em enfermaria. A taxa de ocupação de leitos de UTI reservados para atendimento a pacientes com o novo coronavírus é de 74,5% no estado e de 87,7% na Grande São Paulo.
Opas: América Latina é novo epicentro do novo coronavírus
A América Latina é considerada o novo epicentro da pandemia de covid-19 e a projeção é de que o Brasil pode chegar a 88,3 mil óbitos em agosto deste ano.
A conclusão é da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e foi divulgada hoje (26) em entrevista coletiva semanal sobre o novo coronavírus, realizada de forma virtual. A organização chamou a atenção para a associação da covid-19 com outras doenças não transmissíveis, como câncer, diabetes, hipertensão e obesidade.


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