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Saúde

HEPATITE MISTERIOSA: BRASIL TEM 47 CRIANÇAS INFECTADAS

  • Agência Brasil -

O Ministério da Saúde do Brasil investiga 47 casos de uma hepatite aguda em crianças, que ainda têm causas desconhecidas. Diferentemente das hepatites A, B, C, D e E, ela não é causada por um vírus conhecido. Os principais estudos que investigam as causas da doença indicam uma relação, que ainda precisa ser comprovada, entre a covid-19 e um tipo de adenovírus.
Os primeiros casos começaram a ser investigados no Reino Unido. Hoje, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) já são cerca de 420 casos no mundo, incluindo seis óbitos. "As causas conhecidas de hepatite foram buscadas nessas crianças [do reino unido] e não foram encontradas, então, surgiu esse alerta preocupante até certo ponto, porque é, talvez, uma apresentação nova da doença", explica o coordenador do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Universitário (HU), de Florianópolis, Leonardo Schiavon. Ele complementa que alguns casos foram graves e necessitaram, inclusive, de transplante de fígado.
A hepatite é caracterizada por uma inflamação no fígado. Entre os sintomas nas crianças, estão mal-estar, perda de apetite, vômito, alteração no funcionamento do intestino e, algumas vezes, febre baixa. O sintoma mais típico é o amarelamento dos olhos, conhecido como icterícia, nesses casos o escurecimento da urina também é comum. Apesar de ter causa ainda desconhecida, a hepatite misteriosa tem sintomas muito parecidos com os outros tipos da doença.
CAUSAS
Os estudos começaram no Reino Unido, onde foram registrados os primeiros casos. Atualmente, a hipótese mais aceita na comunidade científica é que essa hepatite aguda em crianças é provocada por uma reação imunológica causada pela junção do coronavírus e do adenovírus. A hipótese foi levantada porque a maioria das crianças afetadas já haviam sido infectadas pelo coronavírus.
O hepatologista Leonardo Schiavon explica que este adenovírus já é conhecido e causa, geralmente, viroses e resfriados. "Os pais têm que ficar atentos e, caso as crianças apresentem esse amarelamento nos olhos, levar para atendimento médico. Mas os casos são raros, considerando todas as crianças do mundo, é uma condição bem incomum", conclui.

Fernanda Kleinebing | Agência Adjori/SC de Jornalismo

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