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VACINA CONTRA HPV REDUZ CÂNCER DE COLO DO ÚTERO EM QUASE 60% ENTRE JOVENS NO BRASIL

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Foto: freepik -
Estudo de cientistas brasileiros publicado na The Lancet mostra impacto positivo do imunizante 10 anos após sua inclusão no SUS.
Outubro é mundialmente lembrado pela prevenção do câncer de mama. Nos últimos anos, a campanha também passou a incluir a conscientização sobre o câncer de colo do útero, doença evitável, mas ainda o quarto mais comum entre as mulheres.
Sucesso da vacina contra HPV no Brasil
O câncer de colo do útero é causado quase exclusivamente pelo vírus HPV. A vacina contra o vírus tem se mostrado eficaz na prevenção da doença. Segundo estudo publicado na The Lancet Global Health, mulheres vacinadas no Brasil apresentaram redução de 58% nos casos de câncer de colo do útero e 67% nas lesões pré-cancerosas.
Histórico da imunização
A primeira vacina contra HPV foi aprovada em 2006. No Brasil, está disponível gratuitamente desde 2014. Inicialmente, houve alta adesão, mas campanhas de desinformação prejudicaram a cobertura vacinal, que caiu para cerca de 75% em meninas e 50% em meninos em 2022.
Público-alvo e novas regras
Atualmente, a vacina é aplicada em dose única para meninos e meninas de 9 a 14 anos. De forma excepcional, até dezembro de 2025, adolescentes de 15 a 19 anos também podem se vacinar pelo SUS. Pessoas imunossuprimidas, vítimas de violência sexual e usuários de PrEP contra o HIV também têm direito à imunização até os 45 anos.
Evidências em países de baixa renda
Até pouco tempo, os estudos de impacto vinham de países ricos. O trabalho brasileiro analisou 1.318 casos de câncer e 2.132 de lesões pré-cancerosas em mulheres de 20 a 24 anos entre 2019 e 2023, mostrando queda significativa entre as vacinadas.
Desafios para ampliar a proteção
Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta desafios como a influência do movimento antivacina e a falta de programas organizados de rastreamento. Entre mulheres de baixa renda, a cobertura de exames preventivos é muito menor, ampliando desigualdades.
União contra a desinformação
A pesquisa reforça que a vacina contra o HPV é segura e eficaz, sendo um direito das crianças e adolescentes. Especialistas destacam que o combate ao câncer de colo do útero depende da união entre ciência, políticas públicas, acesso à saúde e conscientização da população.

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