Robert Francis Prevost, de 69 anos, assume o pontificado com foco em missão, paz e continuidade das reformas.

Em 8 de maio de 2025, a Igreja Católica anunciou a eleição de seu novo líder espiritual: o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, que adotou o nome de Leão XIV. A escolha foi revelada ao mundo às 18:07h (horário local) com a tradicional fumaça branca emanando da chaminé da Capela Sistina, indicando o consenso dos 133 cardeais reunidos em conclave.

Prevost, nascido em Chicago em 14 de setembro de 1955, é o primeiro papa dos Estados Unidos e o primeiro da Ordem de Santo Agostinho a ocupar o trono de São Pedro. Sua trajetória inclui mais de quatro décadas de serviço missionário no Peru, onde atuou como bispo de Chiclayo. Em 2023, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco e assumiu o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos.

A eleição ocorreu após quatro votações em dois dias de conclave. O nome de Prevost foi anunciado pelo cardeal francês Dominique Mamberti, que proclamou o tradicional "Habemus Papam" da sacada central da Basílica de São Pedro. Em sua primeira aparição pública, Leão XIV dirigiu-se aos fiéis com uma mensagem de paz, inclusão e justiça, destacando a importância de uma Igreja missionária e sinodal.

A escolha do nome Leão XIV remete ao Papa Leão XIII, conhecido por sua encíclica "Rerum Novarum", que abordou questões sociais e trabalhistas no final do século XIX. Analistas interpretam essa escolha como um sinal de continuidade com as reformas iniciadas por Francisco, especialmente no que tange à justiça social e à modernização da Igreja.

Em seu discurso inaugural, Leão XIV expressou gratidão ao Papa Francisco e aos cardeais pela confiança depositada. Ele enfatizou a necessidade de diálogo e unidade entre os povos, reforçando seu compromisso com uma Igreja aberta e acolhedora. A eleição de um papa norte-americano representa um marco histórico e reflete a crescente diversidade e alcance global da Igreja Católica.

A comunidade internacional reagiu com entusiasmo à eleição de Leão XIV, destacando sua experiência pastoral e administrativa, bem como seu compromisso com os valores evangélicos. Espera-se que seu pontificado continue as reformas iniciadas por seu antecessor, enfrentando desafios como a secularização, a crise de vocações e a necessidade de maior transparência dentro da instituição.