MINISTÉRIO PÚBLICO INCENTIVA O ACOLHIMENTO FAMILIAR EM SANTA CATARINA |
02 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

Nesta data, vários pontos turísticos do país são iluminados de azul, cor que simboliza o Autismo.
Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de dezembro de 2007, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo tem como intuito, alertar a sociedade e seus governantes sobre esta doença, ajudando a derrubar preconceitos e esclarecer a todos.
O Dia Mundial do Autismo é celebrado com palestras e eventos públicos que acontecem por várias cidades brasileiras. O objetivo é o mesmo em todo o lugar, ajudar a conscientizar e informar as pessoas sobre o que é o Autismo e como lidar com a doença.
O Autismo pertence a um grupo de doenças do desenvolvimento cerebral, conhecido por Transtornos de Espectro Autista - TEA. Os sintomas em sua maioria são: fobias, agressividade, dificuldades de aprendizagem e dificuldade de relacionamento, no entanto, vale ressaltar que o autismo é único para cada pessoa. Existem vários níveis de autismo, até mesmo pessoas que apresentam o transtorno, mas sem nenhum tipo de atraso mental.
APAE DE PRAIA GRANDE É REFERÊNCIA NO TRATAMENTO AOS AUTISTAS
Na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Praia Grande, que tem como principal missão prestar serviços de assistência social no que diz respeito a melhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência, conscientizando cada vez mais a sociedade, atualmente 53 alunos frequentam a instituição, sendo que destes, 10 são do município de Mampituba.
No que diz respeito ao Autismo, a instituição tem 12 alunos, sendo 03 adultos, 03 adolescentes e 06 crianças, que recebem o tratamento e o carinho de diversos profissionais, sendo eles, 09 professoras, 01 fisioterapeuta, 01 fonoaudióloga, 01 psicóloga, 01 motorista, 01 secretária, 01 diretora, 01 merendeira e 02 auxiliar de serviços gerais.
Em entrevista exclusiva à equipe do Jornal Informativo Regional, a diretora da APAE, Eliana Boeira, diz que uma das maiores dificuldades encontradas para o tratamento do Autismo é a falta de informação por parte dos pais e da sociedade. "O diagnóstico correto e a medicação adequada, são muito importantes para o autista, principalmente o entendimento da família. Já nas escolas para os profissionais de educação a falta de cursos e treinamentos na área da Educação Especial, também dificulta a evolução da criança, pois um profissional bem informado ajuda na interação entre escola, família e sociedade". Diz a diretora, que fez questão de ressaltar o trabalho realizado pela entidade, mostrando o dia a dia deles.
"Chegando à APAE, os alunos recebem diversos tratamentos, como por exemplo, a fisioterapia, fonoaudiologia e equoterapia. Além de aprenderem o método de ensino do currículo funcional, onde cada um aprende e desenvolve atividades segundo sua necessidade. Também é prestado o serviço de psicologia, que é direcionada a família da pessoa com necessidades especiais, onde a conscientização e como ensinar seu filho, se torna um meio mais rápido de adaptação", esclarece Eliana.
No que se refere a APAE de Praia Grande, o ano de 2017 começou de forma positiva, sendo que um dos benefícios oferecidos pela Prefeitura de Praia Grande, foi à disponibilização de um motorista e de um ônibus para o transporte de todos os alunos, o que facilita a vida dos cadeirantes, pois o ônibus já é adaptado com rampa de acesso.
Em comemoração ao Dia do Autismo, os alunos da APAE de Praia Grande, realizarão no dia 03 de abril uma programação especial, sendo que os alunos participarão da "mesa redonda", no qual haverá um debate, fazendo a integração entre eles, que é um dos sintomas do autismo, a convivência na sociedade. Neste dia também será distribuído um material informativo que é a Cartilha dos Direitos da Pessoa com Autismo, tendo como objetivo auxiliar as famílias e esclarecer sobre as características da síndrome e seus desdobramentos.
Para a diretora Eliana, "na Educação Especial precisa ter um amor especial, um novo modelo de ver a vida, os alunos e a família apaeana. Temos que fazer parte desta família. Os autistas precisam de um tratamento mais que especial, pois podem facilmente serem inseridos na sociedade, fazendo um trabalho humanizado e com muito amor", finaliza a diretora.


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