Uma reunião para apresentação do Projeto do Terminal Portuário Marítimo foi realizada na última segunda-feira (10), na Casa da Terra no Centro de Torres.

Uma ideia que surgiu há mais de 100 anos volta a ser debatida, a construção de um terminal portuário em Torres. A iniciativa que conta com entusiastas, como o ex-deputado federal pelo PP e ex-prefeito de Passo Fundo, engenheiro Fernando Machado Carrion e do senador eleito Luis Carlos Heinze (PP), várias dificuldades estão sendo enfrentadas e precisaram ser superadas, uma delas é a concorrência com o porto do Rio Grande e a outra é a resistência dos ambientalistas torrenses.

Para discutir o assunto, na última segunda-feira (10), foi realizada na Casa da Terra no Centro de Torres, uma reunião para apresentação do Projeto Portuário Marítimo Privado de Torres. No encontro além da presença do prefeito Carlos Souza, senador eleito Luis Carlos Heinze e o engenheiro Fernando Machado Carrion, marcaram presença várias autoridades, como prefeitos de Cambará, Schamberlaen José Silvestre; de Tramandaí, Major Gauto; vice-prefeito de Osório, Eduardo Renda; o promotor público de Torres, Márcio Carvalho; empresários Nasser Samham e Eraclides Maggi, presidente da Câmara de Torres, vereador Fábio da Rosa; vereadores, Carlos Jacques, Pardal, Gimi, Jeferson e Tubarão; presidente da câmara de Passo de Torres, André Porto; vereadores Deda e Jaci e demais representantes dos municípios do litoral norte gaúcho.

Na oportunidade, o engenheiro Fernando Carrion fez um panorama geral ilustrando o projeto a ser construído no município de Torres ou no litoral Norte. Segundo o engenheiro uma faixa litorânea à aproximadamente 2,4 km da Pedra da Itapeva e ao Sul do Balneário Rondinha, situa-se uma área perfeita para construção de um grande terminal portuário, por ter uma logística perfeita com o transporte rodoviário e aéreo para movimentação das cargas da produção de frango de Marau, maçã de Vacaria, Caxias do Sul com seu polo metalmecânico, e a produção de grãos para Passo Fundo e metade Norte do Estado gaúcho. Também fez um desfecho da situação dos portos de todo o Brasil, mostrando os avanços tecnológicos no setor. "Estamos escolhendo Torres pela região apresentar uma área ideal, com mar profundo e adequado para a construção do terminal portuário com baixo investimento, fácil acesso a BR-101, aeroporto e proximidades das grandes cidades produtoras do Rio Grande do Sul", disse Carrion, lembrando dos encaminhamentos já feitos através do senador eleito Luis Carlos Heinze, vice-presidente da república Eleito general Antônio Mourão e sua equipe e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Também destacou os contatos com o prefeito de Torres Carlos Souza e lideranças políticas, representantes do comércio e do turismo torrense.

O senador eleito Luis Carlos Heinze lembrou da importância do projeto para o desenvolvimento econômico do Estado e que o terminal portuário precisa ser instalado no litoral urgente "Temos só o Porto do Rio Grande, portando só um no Rio Grande do Sul, enquanto que, em Santa Catarina são 05 portos. Precisamos desenvolver nosso Estado e por isso, vamos idealizar este projeto e colocar em prática", disse Heinze. Já o prefeito Carlos Souza, salientou que Torres não pode perder a oportunidade de discutir a ideia, porém, que será a comunidade que decidirá o que deseja para a cidade.

Para finalizar o encontro, foi aberto para o debate e os questionamentos da comunidade. Na ocasião, várias dificuldades foram elencadas, entre elas a preocupação com contrabandos, prostituição, drogas e pobreza no entorno do Porto; ameaças de desastres ecológicos e também destacou que o local não é ideal para esta finalidade. No entanto, Carrion diz que o local é ideal sim, que apresenta o mar profundo, seis vezes melhor que o do Rio Grande e todas os estudos mostram que Torres e região apresentam-se como o melhor local para construção do terminal portuário. Carrion também recorda que o primeiro anteprojeto que previu um porto em Torres foi contratado pelo imperador Dom Pedro II, no século XIX e que o local a ser instalado o atual terminal não deve atrapalhar o turismo ou o meio ambiente. "Além do transporte hídrico, é preciso também pensar na malha aérea, ferroviária e rodoviária da região e aqui tudo é perfeito", concluiu o autor do projeto.