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ALCATRAZ: MPF DENUNCIA 10 PESSOAS E PEDE DEVOLUÇÃO DE R$ 30 MILHÕES

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Divulgação -
O Ministério Público Federal (MPF) entregou à Justiça Federal na última semana mais uma denúncia no âmbito da Operação Alcatraz, que apura irregularidades em contratos do governo do Estado com empresas de tecnologia. Desta vez, foram denunciados 10 subordinados, agentes públicos e privados, por corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, e prorrogação contratual fraudulenta.
Segundo o MPF, o grupo era dividido em dois grupos: agentes de dentro do Estado e contratos públicos. De acordo com a denúncia, os acusados ??fraudaram um pregão da Secretaria de Estado da Administração (SEA) que resultou num contrato superfaturado de serviços de telefonia por internet. Os fatos ocorreram entre 2009 e 2010. Em 2016, houve uma prorrogação irregular.
O superfaturamento ocorria por meio do pagamento do teto do contrato, que previa até 27.664 aparelhos de telefonia instalados. Contudo, a apuração da Controladoria-Geral do Estado (CGE) revelou que o número de ramais levantados foi de apenas 2.330 no início do contrato, chegando a cerca de 16 mil no final da prorrogação contratual.
O prejuízo ao erário é de mais de R $ 30 milhões. Na denúncia, o MPF pede, além de prisão e multa, a devolução desses valores, além de mais R $ 2,6 milhões pagos a título de propina aos agentes públicos e políticos.
Ainda segundo a denúncia, esse valor da propina foi repassado no período de 2011 a 2015 de forma mensal como contrapartida pela prática ilícitos e pela manutenção do contrato superfaturado, valores eram contabilizados em planilhas de custos encontrados em computadores das empresas envolvidas.
Os denunciados:
Nelson Castello Branco Nappi Junior, ex-secretário adjunto de Administração
Milton Martini, ex-secretário de Administração
Alexandre Tonini, ex-servidor da Secretaria de Administração
Luiz Carlos Pereira Maroso, ex-servidor da Secretaria de Administração
Edson Nunes Devicenzi, ex-servidor da Secretaria de Administração
Pedro Bittencourt Neto, ex-deputado estadual
Maurício Rosa Barbosa, companheiro
Mário Kenji Iriê, empresário
Adilson José Frutuoso, empresário
Irene Maria Werlang, também
Com a exceção de Pedro Bittencourt Neto, todos já anteriores sido denunciados em outras fases da operação. Alguns, inclusive, foram presos e usaram tornozeleira eletrônica.
Histórico
Até o momento, apenas em relação aos contratos fraudados em que as apurações foram concluídas, foram oferecidas pela força-tarefa do MPF que atua na Operação Alcatraz um total de 17 denúncias, com 51 pessoas denunciadas pela prática de centenas de crimes, envolvendo desvios e atos de lavagem de dinheiro que superam os R $ 65 milhões, com pagamento de propina de mais de R $ 9 milhões.
No âmbito da Operação Hemorragia (2ª Fase da Operação Alcatraz) foram oferecidas outras 6 denúncias, envolvendo 28 pessoas, por crimes de fraudes em contratações, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, em que foi desviados cerca de R $ 178 milhões dos cofres públicos.

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