O estudo foi conduzido pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).

Durante uma reunião no dia 29 de março, foram apresentados os resultados do estudo hidrológico e hidrodinâmico da bacia do Rio Mampituba. O estudo foi conduzido pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) por meio do Parque Científico e Tecnológico (Iparque), que elaborou um Estudo Técnico para Avaliação Hidrológica e Hidrodinâmica da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba, divisa dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Por meio do estudo, foi possível verificar um incremento de área inundada quando se propõe a remoção parcial ou total do barramento com alongamento/alargamento de um canal pré-existente. A permanência do barramento (Cenário I) em sua condição inicial, é o que apresenta menor área de mancha de inundação, além de apresentar menor quantidade de edificações existentes", afirmou o engenheiro Ambiental Sérgio Galatto, um dos responsáveis técnicos do estudo.

O estudo visou simular a ocorrência de manchas de inundação nas localidades de Passo Magnus, Poço Negro, Pereira Lentz, Rua Nova/Centro, Cambrais, Pirataba e Vila Lothammer, situadas nos municípios de São João do Sul, Mampituba e Torres.

Este estudo foi contratado pela Prefeitura Municipal de Mampituba, vindo a contribuir com informações técnicas ao Município em relação a um processo administrativo junto ao Ministério Público Federal (MPF) que trata da "recuperação ambiental de barragem instalada para obstrução de canal fluvial tributário no Rio Mampituba".

A área avaliada no presente estudo possui 1.211,97 km², estando inserida na bacia hidrográfica do Rio Mampituba, sendo esta transfronteiriça, ou seja, abrange parte dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e possui área de drenagem de 1.942,01 km². Foram simulados diferentes cenários de manchas de inundação na área de estudo, empregando um modelo hidrológico e hidrodinâmico, com uso dos softwares HEC-HMS (Hydrologic Engineering Center - Hydrologic Modeling System) e HEC-RAS (Hydrologic Engineering Center - River Anaysis System). O modelo hidrológico/hidrodinâmico considerou eventos de chuva de 24 horas de duração com períodos de retorno de 05, 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos.

Foram avaliados três cenários, sendo: Cenário I: permanência do barramento em sua condição inicial; Cenário II: alongamento/alargamento de um canal pré-existente no entorno do barramento com menores dimensões de extravasamento, permitindo a ligação do Rio Canoas ao Mampituba; Cenário III: alongamento/alargamento de um canal pré-existente no entorno do barramento com maiores dimensões de extravasamento, permitindo a ligação do Rio Canoas ao Mampituba.

Colaboração: Sérgio Galatto.