Afirmação é da Organização Mundial de Saúde.

A doença é caracterizada por tristeza persistente e/ou irritabilidade, baixo envolvimento em atividades do dia a dia e sintomas associados como falta de energia, dificuldade de concentração, distúrbios do sono e apetite. Segundo a psiquiatra e presidente da Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP), Lilian Lucas, as manifestações podem variar de acordo com a idade.

Na adolescência, o isolamento dos amigos, queda do desempenho escolar devem chamar a atenção dos pais. A ausência de planos para o futuro, os pensamentos sobre morrer, automutilação (como cortes nos braços e pernas) devem alertar para a urgência do tratamento médico, pelo risco de morte.

Também é importante notar que os jovens têm depressões com mais reatividade do humor, ou seja, eles podem parecer melhorar em alguns períodos, quando algo muito esperado vai acontecer, como ir à um parque temático, um show de sua banda preferida. Mas depois voltar a mostrar-se triste, irritado ou apático.

A maioria dos estudos mostra que 1% a 2% das crianças pré-puberais e aproximadamente 5% dos adolescentes sofrem de depressão clinicamente significativa.

"Como vemos, ela é muito mais frequente com a chegada da adolescência. A proporção de depressão em homens e mulheres é similar até a pré-puberdade, mas fica mais comum em mulheres na adolescência", destaca a psiquiatra.

Alguns estudos têm mostrado aumento dos casos de depressão na adolescência, mas esta questão ainda precisa de mais estudos para esclarecimento.