A reunião em Poço Negro teve por objetivo apresentar o cultivar SCS122 Miura e orientar os produtores sobre adubação e densidade de semeadura.

A reunião foi realizada na comunidade de Poço Negro, São João do Sul, na propriedade de João Ronaldo de Souza. Além dos produtores, a reunião contou com a presença de técnicos da EPAGRI e COOPERJA. O líder do Projeto Grãos no Extremo Sul Catarinense, Douglas G. de Oliveira, palestrou aos agricultores sobre o lançamento do novo cultivar desenvolvido pela EPAGRI, o SCS122 Miura. Esse cultivar é o 30? desenvolvido pela empresa, sendo o 22? para Santa Catarina. O SCS122 Miura é o resultado do cruzamento de plantas da linhagem PR 122 (IAPAR) e SCSBRS Tio Taka (popularmente conhecido como 113). Suas principais características agronômicas são: alto potencial produtivo, tolerância ao acamamento, bom perfilhamento e boa resistência a brusone, sendo esta a principal doença do arroz irrigado. O engenheiro-agrônomo Thiago Matujacki Koscrevic, da EPAGRI de Praia Grande, chamou atenção sobre a rotação do uso de cultivares, o que acarreta, dentre outras consequências, o aumento do tempo de resistência dos cultivares a doenças.

Além disso, relatou aos produtores de arroz sobre o manejo da adubação nitrogenada. Explicou que o acompanhamento do desenvolvimento das plantas é de suma importância para que se aplique o adubo nitrogenado no momento correto. Segundo Douglas, "a adubação realizada no momento certo resulta em maior eficiência do uso dos fertilizantes pelas plantas. Somando-se a isto, tal manejo leva a diminuição de contaminação do ambiente. "Para a diminuição da ocorrência de pragas e doenças na lavoura, é necessária a realização racional da aplicação de fertilizantes, principalmente a questão do parcelamento e as fontes a serem utilizadas para a adubação. A ideia é a promoção da saúde em plantas, através do manejo nutricional", acrescenta o engenheiro-agrônomo Diego Adílio da Silva.

O engenheiro-agrônomo da COOPERJA, Celito Mezzari Pescador palestrou aos agricultores sobre a densidade de semeadura. Celito ressaltou que tanto a escassez, quanto o excesso de sementes colocadas por hectare pode resultar em problemas aos agricultores. Poucas sementes resultam em menor produção, pois leva a diminuição de panículas por metro quadrado, não se otimiza a interceptação da luz solar para fotossíntese, além de deixar clareiras para o desenvolvimento de plantas como ocorrência na lavoura de arroz. Por outro lado, o excesso de sementes resulta em maior custo de produção, além de levar ao estiolamento da planta de arroz, deixando-a suscetível ao acamamento.

O evento contou com a presença de 70 produtores, mostrando que quando parcerias são estabelecidas e fortalecidas, as informações das tecnologias desenvolvidas chegam a um maior número de agricultores.

Para mais informações, procure o Escritório Municipal da EPAGRI de seu município ou COOPERJA.