ESTUDANTES DA UFSC DENUNCIAM CASOS DE ASSÉDIO

Casos de assédio são relatados diariamente Facebook
Uma onda de assédios que ocorre aos arredores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vem preocupando a comunidade universitária de Araranguá. Em quase quatro anos - desde que o primeiro caso tomou reconhecimento, diversos casos foram registrados naquela área e embora as autoridades tenham aumentando o policiamento, os assediadores continuam fazendo novas vítimas.
Segundo a presidenta do Centro Acadêmico Livre de Fisioterapia (Calfisio), Larissa Franciny de Souza, os estudantes estão pedindo por providencias há quase um ano, e mesmo com algumas mudanças, os casos acontecem quase diariamente. "Tudo começou quando uma aluna veio até o Calfisio, pedir ajuda, pois ela já tinha tomado todas as providências possíveis (B.O feito na delegacia da mulher de Araranguá) em relação aos assédios que ela vinha sofrendo há um ano e meio e nenhuma providência foi tomada. Assim que as aulas iniciaram, nós do Centro Acadêmico fomos pedir suporte a psicóloga da universidade para ver o que poderia ser feito e surgiu a ideia de fazer o abaixo-assinado pedindo mais segurança aos arredores da UFSC".
Neste abaixo-assinado os estudantes conseguiram coletar 581 assinaturas de alunos, professores, técnicos e população. Através dele, foram descobertos outros diversos casos de assédio iguais aos que vinham sendo relatados pelos alunos da UFSC, que aconteciam próximos a outras instituições de ensino, com as mesmas características citadas pela primeira aluna (homem dentro de um automóvel branco, nu, se masturbando e assediando as meninas). "Além disso, descobrimos que meninos da universidade também sofrem esses assédios, só muda o carro e as características dos indivíduos, então isso só nos mostra que são vários homens cometendo os mesmos delitos", salienta.
Os universitários já se reuniram com diversas entidades para que melhorias sejam feitas e impeçam novos casos. Larissa relata que já se reuniu com autoridades da polícia militar, direção do campus, prefeitura e câmara de vereadores para ver quais medidas poderiam ser tomadas. "Em relação a prefeitura não tivemos nenhuma resposta descente. O capitão Diego da Policia Militar intensificou as rondas nos horários de pico (e tem feito isso, diminuiu mas não parou) e a universidade abriu um processo interno para ver o que poderia ser feito".
Na última visita realizada na câmara de vereadores, os estudantes requisitaram maior prestação de serviço por parte da prefeitura. Os jovens solicitaram iluminação pública, pois há ruas próximas da universidade que são totalmente escuras, pavimentação das vias e mobilidade urbana, manutenção do mato que fica ao redor da universidade e monitoramento 24 horas por câmeras. "Nós já estamos nessa luta pedindo por diretos básicos há ano e não tivemos nenhuma resposta. Boa parte das alunas saem a noite e voltam a pé para casa, pois não existe transporte. Precisamos de suporte, principalmente da prefeitura para vivermos com o mínimo de segurança" finaliza

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