logo RCN
'Jornalismo Adjori/SC'

GOVERNO DESCARTA TAXAÇÃO DE AGROTÓXICO, DIZ SECRETÁRIO DA FAZENDA

Posicionamento foi firmado junto a agricultores em audiência pública na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (11)

Durante audiência pública na Assembleia Legislativa, o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, disse que a taxação de agrotóxicos está superada e o Executivo não vai insistir no assunto. Eli disse que a posição de Santa Catarina no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) será de defesa da prorrogação do Convênio 100/1997, que estabelece as isenções fiscais para insumos agropecuários. Com o anúncio oficial, teve fim a polêmica sobre tributação de defensivos.

Segundo Eli, a posição do governo foi consolidada com a recusa da Assembleia aos projetos do Executivo. "A Assembleia decidiu que não aceita a tributação dos agrotóxicos, então já está decidido. [...] Nós tínhamos separado no ano passado os agrotóxicos numa tributação especial, mas a Assembleia rejeitou. Vamos respeitar a posição", afirmou.  

"A nossa proposta sempre foi a manutenção do Convênio 100 porque se ele cair prejudica muito as finanças de Santa Catarina porque nós somos importadores de insumos agropecuários. O Estado apoia a prorrogação do convênio 100. Nós estamos negociando com os outros estados", disse.   

Segundo Eli, a proposta de Santa Catarina será de prorrogar o convênio por mais cinco anos, mas a medida pode mudar antes do final do prazo. Isso porque o Congresso Nacional discute a reforma tributária que, se aprovada, derrubará todos os incentivos e instalará novas regras.  

Mais de 1,5 mil pessoas estiveram acompanhando o evento na Assembleia. Segundo a Casa, esta foi a maior audiência pública da história da Alesc. O público lotou o auditório do Palácio Barriga-Verde e o hall de entrada. Para acomodar a todos, agricultores foram alocados no plenário, no plenarinho, e na sala das comissões. A Casa transmitiu a audiência via telões.  

Audiência Pública dos agrotóxicos é dominada por movimento em defesa da isenção 

A audiência pública foi dominada pelo movimento de produtores rurais pela manutenção da isenção de impostos. O discurso começou pelos representantes das entidades do setor e foi endossado pelos parlamentares presentes. Pelo menos 36 dos 40 deputados assinaram moção de apoio à causa. Os outros quatro não estavam presentes.  

A posição da Assembleia foi unânime. A audiência pública reuniu grande número de deputados, de todas as bancadas. O movimento, articulado pelas comissões de Finanças e Agricultura, deu como resposta aos agricultores que estiveram na Casa a certeza de que o Legislativo apoia a isenção. 

"Não tivemos um deputado que votasse contra ou manifestasse desconforto com a medida. Nós não podemos andar na contramão", disse o deputado Mauro de Nadal (MDB).  

"O agricultor não usa o defensivo porque quer. É para produzir. Sem defensivo o mundo passa fome. O nosso Estado não pode penalizar o produtor", afirmou o deputado Moacir Sopelsa (MDB).  

"Santa Catarina é líder na produção de diversos produtos. Temos um pequeno território, mas somos gigantes na nossa agricultura. Grande parte da nossa exportação é fruto do nosso agronegócio", disse o deputado José Milton Scheffer (PP).  

"Eu corroboro a fala de todos que me antecederam. O governador está disposto a ouvir o que seu povo tem a dizer. [...] Não faltou a ele o entendimento quando a Alesc tomou a decisão", defendeu a líder do governo, deputada Paulinha (PDT).  

O posicionamento contrário foi defendido pelos deputados que ocuparam a tribuna.  


GOVERNO DO ESTADO LANÇA LICITAÇÃO PARA RESTAURAÇÃO DA RODOVIA JORGE LACERDA EM CRICIÚMA Anterior

GOVERNO DO ESTADO LANÇA LICITAÇÃO PARA RESTAURAÇÃO DA RODOVIA JORGE LACERDA EM CRICIÚMA

FARMÁCIA BÁSICA DE TORRES AMPLIA HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Próximo

FARMÁCIA BÁSICA DE TORRES AMPLIA HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Deixe seu comentário