A produção artesanal de farinha de mandioca é uma tradição que tem quase três séculos no litoral sul de Santa Catarina. A atividade envolve mais de 60 engenhos.

A mandioca é um produto rico em benefícios à saúde, sendo que combate a artrite, tem ação antioxidante, auxilia no tratamento de diabetes, contribui para a saúde dos ossos, é fonte de energia, bloqueia a ação dos raios solares, não contém glúten e ainda protege o coração, prevenindo doenças cardiovasculares.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a produção brasileira de mandioca em 2018 foi de 20,8 milhões de toneladas, cultivadas numa área de 1,4 milhões de hectare. Segundo dados do último Censo Agro 2017, só em São João do Sul, existem 149 estabelecimentos agropecuários, que produzem aproximadamente 4.373 toneladas, numa área de 288 hectares rendendo para os produtores de mandioca do município R$ 712.211,74 tributável só no ano de 2018. Outros municípios da região também são grandes produtores, como Santa Rosa do Sul, Sombrio e Araranguá.

A AIMSC - Associação das Indústrias Processadoras de Mandioca e Derivados de Santa Catarina, formada por processadoras de mandioca que produzem principalmente polvilho azedo e farinha de mandioca vem contribuindo com os produtores, com a finalidade de buscar linhas de financiamentos mais atrativas às agroindústrias, licenciamento ambiental e melhores preços ao produto.

Entre os maiores produtores de polvilho de São João do Sul estão a Fecularia Boa União, responsável pelo Polvilho Ouro Sol, de Remi Scheffer Borba que desde 1979 continua comprando, produzindo, industrializando e embalando polvilho na comunidade de Três Coqueiros. Também se destaca a Aiapuá Amidos, que trabalha no comércio atacadista de farinhas, amidos e féculas em Querência e vários outros produtores de São João do Sul.