O arroz continua sendo um produto extremamente barato, nutritivo e de altíssimo valor para quem consome.

O preço do arroz em casca registrou alta em abril e maio no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, apesar do resultado não ser comum para o período de colheita. O avanço está atrelado à necessidade de compra das indústrias para atender à demanda dos mercados interno e externo.

As medidas de isolamento e distanciamento social levaram a um movimento maior de compra de arroz no varejo, com o consumidor buscando estocar o produto. E as redes varejistas, por sua vez, aumentando seus pedidos, com o objetivo de garantir o abastecimento nas gôndolas e prateleiras. A oscilação da taxa de câmbio também tem impactado diretamente nas paridades de exportação e importação. De 19 a 26 de maio, o dólar esteve entre R$ 5,73 e R$ 5,34, baixa de 6,87%, cenário que reduziu as paridades de produtos transacionáveis internacionalmente. Com isso, segundo pesquisadores do Cepea, compradores de arroz em casca buscaram adquirir o produto a preços menores, enquanto vendedores optaram por postergar novos negócios, aguardando possíveis retomadas de altas do câmbio. Como resultado, houve acirramento da "queda de braço" entre esses agentes e redução da liquidez. Quanto aos preços do arroz em casca, oscilaram nos últimos dias, mas ainda acumularam altas, voltando a atingir patamares recordes nominais em praticamente todas as regiões consultadas pelo Cepea. O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada), subiu 3,2% de 19 a 26 de maio, fechando a R$ 62,94/saco de 50 kg no dia 26.