Trabalhos do artista plástico de São João do Sul impressionam pela fidelidade às paisagens, com a técnica exclusiva criada por ele mesmo.

Natural de Caxias do Sul, Marlon Selva tem 54 anos de idade, é casado com Leda Selva e juntos administram o Café Bioarte, localizado na comunidade de Encruzo, São João do Sul.

Durante 04 anos, em Caxias do Sul, Marlon foi jogador de futebol, centroavante artilheiro que jogou nas categorias de base de Juventude, Caxias e também no interior de São Paulo. Após uma lesão, largou a precoce carreira e trabalhou como bancário por 04 anos. Aos 24 anos de idade iniciou os trabalhos artesanais, fabricando jogos de xadrez e réplicas de caravelas, utilizando madeira, argila, gesso e ferro.

Aos 36 anos, numa travessia de três dias no Cânion Itaimbezinho, sendo a primeira vez sozinho, Marlon avistou uma figueira centenária, e nela viu um quadro pendurado, no entanto, ao se aproximar, o quadro sumia, quando voltava, ele se materializava novamente, pelo motivos das cascas e musgos. Foi aí que Marlon sentiu que teria que recriar aquele quadro, e utilizando cascas, musgos, pedras e demais elementos da natureza, criou a Bioarte. Após aproximadamente 20 dias, o quadro ficou pronto, e esta técnica foi aperfeiçoada, sendo que atualmente, já foram produzidas mais de 800 obras entre quadros e dioramas, além de mais de 200 esculturas e fontes, trabalhos estes que estão por diversos estados do Brasil, além de países como Chile, Itália, Estado Unidos, Alemanha, entre outros.

Quando saiu do banco, fez uma expedição de cinco anos, viajando por praticamente todos os estados do Brasil, em busca de conhecimento, sendo que apenas Roraima ficou de fora. No retorno da viagem, casou-se com Leda Selva, seguiu fazendo suas obras de arte, e decidiu mudar-se para a região dos cânions, sendo que em 2008, adquiriu uma residência na comunidade de Encruzo, São João do Sul, para ficar entre a serra e o mar, suas duas paixões que lhe trazem energias naturais e sustentáveis, já com a ideia de criar o showroom com suas artes e um café.

Jogador de xadrez, amante das artes e dos livros, nos últimos três anos Marlon têm se dedicado além de suas obras e o café, a escrever um livro, intitulado "Travessia", que retrata sua expedição dentro do Cânion Itaimbezinho, história da formação dos cânions, além de um contato espiritual, lance inspirador para a criação da Bioarte. O livro deverá ser lançado até o fim do ano.

Seus quadros, retratam as belezas da região dos cânions e ainda, Marlon criou uma coleção de 30 peças da Cordilheira dos Andes, contemplando também vulcões, Deserto do Atacama e Machu Picchu. Todo seu trabalho utiliza elementos da natureza, e suas obras impressionam pela fidelidade às paisagens, com a técnica da Bioarte, aplicando relevo nos quadros.

Para quem deseja adquirir suas obras, conhecer seu trabalho ou o café, basta visitar o Café Bioarte, localizado na SC-290, Sertão do Piritú, Encruzo, São João do Sul.