Entre as modificações previstas aos trabalhadores rurais, aumento da idade da aposentadoria de 60 para 65 anos e o valor do benefício de aposentadoria passaria de R$ 880,00 para R$ 572,00, cerca de 65% de um salário mínimo.

A proposta de reforma do sistema previdenciário é motivo de preocupação dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais do extremo-sul catarinense. O tema foi pauta de uma reunião, no dia 13 de julho, entre os presidentes de Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da agricultura familiar da região e a ADR Araranguá.
Os sindicalistas pretendem elaborar um documento-base de repúdio às possíveis mudanças na Previdência Social, que será encaminhado às várias esferas. "As mudanças previstas na Previdência Social prejudicam todos os trabalhadores rurais, retirando dos mesmos inúmeros direitos", destacam.
Entre as modificações previstas que afetarão os trabalhadores rurais, debatido em silêncio pelo governo federal está o aumento da idade da aposentadoria rural de homens e mulheres para 65 anos, que até então é de 60 anos para homens e 55 para as mulheres, além da desvinculação do valor do salário mínimo, fazendo com que o valor do benefício do trabalhador rural passe a ser de cerca de 65% do salário mínimo, isso passaria por exemplo de R$ 880,00 para R$ 572,00. "Seria um retrocesso, uma das consequências será a migração de muita gente do campo para a cidade. Hoje 90% dos agricultores brasileiros são familiares e precisam ficar na lavoura produzindo alimentos", completam os sindicalistas.
O presidente dos Trabalhadores Rurais da agricultura familiar de Jacinto Machado, Valdir Barbosa de Oliveira, destaca que no extremo-sul catarinense, há cerca de 10 mil famílias inseridas na agricultura familiar. "O setor agrícola é muito importante para a economia da região, por isso, temos que nos unir e nos mobilizar para não retroceder nas nossas conquistas", concluiu.