ÓBITO É REGISTRADO NA UPA EM ARARANGUÁ

Homem de 63 anos chegou à unidade com quadro de insuficiência respiratória, não resistiu e faleceu. Facebook
A procura pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araranguá aumentou muito ontem, dia 27, quando o Pronto Socorro do Hospital Regional de Araranguá (HRA) parou de atender pacientes que não estão em situação de extrema gravidade e começou a orientá-los a procurarem a UPA. Só no dia de ontem, a unidade atendeu cerca de 300 pacientes e apenas na manhã de hoje, em torno de 80 pacientes foram atendidos.
Na noite de ontem, por volta das 22 horas, um homem de 63 anos, morador de Araranguá, que chegou à UPA com quadro de dificuldade respiratória, foi a óbito. Já na manhã desta terça-feira, dia 28, o Samu buscou um paciente infartado na UPA e o encaminhou para um hospital de Criciúma. A secretária de Saúde de Araranguá, Evelyn Elias, alertou para a gravidade da situação, afirmando que a UPA não é preparada para atendimentos de emergência, apenas de urgência, pois mesmo reforçando a parte médica, é necessária uma maior estrutura para absorver a demanda de todos os pacientes da região.
"O Estado está dando suporte ao Município de Araranguá, administrador da UPA, com SAMU e regulação de leitos, no entanto a demanda de pacientes na Unidade de Pronto Atendimento aumentou excessivamente. Estamos tendo suporte de hospitais de Criciúma e da região da Amesc, mas o paciente chega primeiro na UPA", ponderou Evelyn.
Isabela Mota Barbosa, funcionária de uma farmácia e moradora de Araranguá foi, na tarde de hoje, procurar atendimento na UPA, ela disse que sabia que o Pronto Socorro do HRA não atenderia seu caso e por este motivo foi até a unidade. Isabela estava com uma pulseira de cor amarela e ficou por cerca de duas horas esperando atendimento, com uma forte dor de cabeça. "Estou com uma enxaqueca bem grave e não estou conseguindo processar as coisas, se o Pronto Socorro estivesse funcionando, meu atendimento seria mais rápido. Não estou dizendo que os funcionários do hospital estão errados, eu entendo que, para que a população seja bem atendida, não pode faltar recursos no Hospital Regional", lamentou.
Um morador de Sombrio, que pediu para não ser identificado, também estava na tarde de hoje na UPA, esperando um menino, de dois anos, que estava sendo atendido, desde o período da manhã. Ele contou que a mãe do menino pediu para levá-la, com a criança, até o Hospital Regional na noite de ontem e lá o menino não foi atendido. "Uma enfermeira até mediu a febre dele, mas disse que só podia atender se ele estivesse com 39 ou 40 graus de febre e ele estava com 38", disse o homem, que voltou na manhã de hoje para Araranguá, onde a criança foi atendida na UPA.
Fonte: Diogo CCR

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