OS ENTRAVES DA SERRA DO FAXINAL

Importante para o desenvolvimento do extremo sul catarinense, a pavimentação da SC-290 na Serra do Faxinal está cada dia mais distante de ser concretizada.
Em busca de um posicionamento do Governo Estadual em relação as obras de pavimentação do trecho catarinense da Serra do Faxinal, o prefeito de Praia Grande, Henrique Maciel, acompanhado do presidente da Amesc e prefeito de Morro Grande, Valdionir Rocha, deputados estaduais Manoel Mota (PMDB) e José Milton Scheffer (PP), demais prefeitos da região, entre eles, Moacir Teixeira (São João do Sul) e Jonas Souza (Passo de Torres), presidente da Câmara de Vereadores de Praia Grande, Manoel Hentz (Nelo) e vereadores Rodrigo, Roque, Maria e Paulinho, estiveram em Florianópolis na quarta-feira, dia 08, no auditório da Secretaria de Infraestrutura, onde reuniram-se com o vice-governador, Eduardo Moreira; secretário de Infraestrutura Luiz Fernando Cardoso (Vampiro); secretário da ADR Araranguá, Heriberto Schmidt e membros da direção do Deinfra.
Após muita discussão e com os nervos exaltados, o prefeito Henrique diz sair com um sentimento de tristeza e indignação da reunião, pois ao questionar o porquê de outra empresa não ser chamada para dar continuidade nas obras, obteve como resposta que os recursos foram perdidos e que muitas das licenças ambientais necessárias ou estão vencidas, ou prestes a vencer num curto período. Ainda de acordo com o prefeito, quando questionados sobre para onde foram desviados os recursos na ordem de R$ 50 milhões do BID que seria para essa obra, os membros do Deinfra disseram que foram investidos em obras de outras regiões do estado, tais como o acesso rodoviário a Brusque, obras em Otacílio Costa e para a construção da Via Rápida em Criciúma, o que causou a indignação também dos deputados Manoel Mota e José Milton, que lutaram tanto por essa obra.
Para buscar compensar e satisfazer os presentes, ao final da reunião o vice-governador mais uma vez assumiu como compromisso se caso assumir o Governo do Estado novamente, a obra será prioritária. Porém há necessidade de resolver a questão ambiental e enquadrar em uma nova fonte de financiamento.
Uma nova comissão foi formada para tentar agilizar os tramites burocráticos, porém, mais uma vez a população do extremo sul catarinense vê o sonho da pavimentação da Serra do Faxinal ser concluída mais distante.
Percebendo isso, o prefeito Henrique já solicitou de imediato que seja realizada a manutenção da rodovia com a moto niveladora, o que é de competência do estado, pois trata-se de uma rodovia estadual.
ENTENDA O DES'CASO'
A pavimentação da Serra do Faxinal é um sonho para quem vive do turismo na região, em especial em Praia Grande, sendo que a obra iria estimular o turismo regional na divisa entre os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Mesmo sendo solicitada a quase 03 décadas pelos prefeitos e lideranças de Praia Grande e região, a pavimentação já virou motivo de indignação para os moradores da Cidade dos Canyons. Um dos últimos capítulos desta história começou no ano de 2014, quando os envelopes com propostas de preços do processo licitatório para a conclusão dos 15 quilômetros da rodovia foram abertos na sede do Deinfra, em Florianópolis e a empresa portuguesa Monte Adriano venceu com a proposta de R$ 54.920.998,20, tendo em segundo lugar a empresa Conterra Sultepa que apresentou a proposta de R$ 77.208.587,79. A empresa Monte Adriano, com isso, foi a vencedora da licitação, vindo a se instalar no município de Praia Grande. Quando tudo parecia estar se encaminhando, uma decisão judicial devido a existência de "pererecas" em extinção acabou paralisando a obra por mais de 01 ano, sendo que só no fim de 2015 a empresa começou a trabalhar e teria um prazo de 27 meses para o término. Porém, mais uma vez a obra de pavimentação da SC-290 na Serra do Faxinal, começou e foi abandonada em 2016, quando a empresa Monte Adriano alegou falta de estrutura para continuar tocando a obra.
Com o abandono da primeira empresa, vencedora da licitação, esperava-se que a segunda colocada fosse chamada, porém, isso não aconteceu e os recursos destinados para a Serra do Faxinal foram repassados para outras obras.



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