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PITAYA: RENDA EXTRA LONGE DOS AGROTÓXICOS

  • Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal -

A pitaya produzida por Tiago e sua família carrega além de vitaminas, uma dose grande de afeto e virou destaque de reportagem da Cresol Central.

A pitaya, conhecida popularmente como a fruta do dragão, tornou-se a principal fonte de renda extra para a agricultura familiar catarinense. De acordo com dados da Epagri (2020), o cultivo comercial da pitaya em Santa Catarina começou em 2010 e o estado já é o segundo maior produtor brasileiro, perdendo apenas para São Paulo. A região sul de Santa Catarina é responsável por mais de 90% da produção do estado.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017 o estado produziu 328,4 toneladas, 270 delas somente em municípios da região sul catarinense. Santa Catarina tem cerca de 120 propriedades rurais produzindo a fruta. Os números são expressivos, embora a fruta ainda seja desconhecida por muita gente.

Os frutos possuem alto valor de mercado e a procura é crescente. A pytaia não exige muitos tratos culturais, sendo cultivada sem o uso de qualquer agroquímico. Além disso, a fruta do dragão é comumente utilizada na fabricação de cosméticos, na elaboração de sorvetes e na produção de bebidas.

A busca por uma vida saudável com menos trabalho pesado e longe dos agrotóxicos foi o que motivou Tiago Matos Nascimento, associado da Cresol São João do Sul, a investir na pitaya.

Um pomar de pitaya e muitas ideias para crescer

Desde pequeno, Tiago é apaixonado pela agricultura e sempre fez questão de aprender e ajudar os pais com o trabalho da propriedade. "Meus pais eram produtores de fumo e eu gostava de ajudar. A paixão pela agricultura veio de berço", lembra. Tiago aprendeu logo cedo com os pais que é indispensável para o produtor, diversificar a renda da propriedade para garantir um fluxo de caixa sadio e sustentável. Por isso, há oito anos, quando casou-se e foi trabalhar junto com o sogro, que também é produtor de fumo, viu uma oportunidade de investir na produção de pitaya e maracujá.

Em 2012, ele plantou, em meio hectare, os primeiros pés de pitaya. A produção foi satisfatória, porém rendeu apenas para consumo próprio. No ano seguinte, mais meio hectare recebeu as mudas da fruta. No segundo ano, ele recorda que já foi possível ofertar a venda do produto. Mas foi a partir do terceiro ano de cultivo que a produção começou a render frutos em grande quantidade. Tiago lembra que conhecia pouco sobre a pitaya, mas com o suporte e incentivo da internet e de um amigo formado em engenharia agronômica, aprendeu a lidar com a fruta do dragão. Atualmente, a propriedade tem dois hectares adultos e um novo. Neste ano, Tiago espera colher 60 toneladas do fruto.

O agricultor relata que não faz uso de agrotóxicos no pomar de pitayas. "A gente usa apenas adubo e produtos orgânicos. Não vai nenhum tipo de agrotóxico na nossa produção", ressalta. A venda do fruto é realizada, em sua maioria, por meio do contato com Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina (CEASA/SC), que funcionam como elo entre o produtor e o consumidor por meio da comercialização de produtos rurais acessíveis. Além disso, O produtor oferta ainda ao consumidor a possibilidade de compra diretamente em sua propriedade.

Mesmo destacando que o fruto traz um bom retorno financeiro, ele ressalta que a maior vantagem é outra. "Saber que não estou produzindo só uma fruta, mas estou ajudando a melhorar a saúde de quem consome ela é uma sensação muito boa", analisa, lembrando da importância da família na produção da pitaya. "Eu trabalho o dia inteiro com a minha família e isso é muito prazeroso para a gente".

Para os agricultores que desejam investir na fruta do dragão, Tiago traz algumas indicações em relação ao plantio. "É preciso investir em estrutura de qualidade. Um pé de pitaya pode durar até 30 anos, então a armação precisa ser boa. Se for ruim, logo nos primeiros anos, a sustentação vai cair e você perde seu investimento. Por isso invista um pouco mais para evitar estresse", salienta. Ele ressalta ainda que é indispensável investir em mudas de qualidade para garantir bons frutos e que não basta plantar por plantar, é preciso dedicação e amor.

Os benefícios da fruta do dragão

A pitaya tem sua origem na América Latina. É o fruto de um cacto e é considerada uma fruta tropical, tendo um sabor suave, além de ser rica em vitaminas e nutrientes. A nutricionista, Janaína Santos de Lima, destaca alguns dos benefícios. "A pitaya é fonte de vitaminas do complexo B, betacaroteno, licopeno, vitamina E, polifenóis, vitamina C, minerais como o potássio, o magnésio e o cálcio, carboidratos e ácidos graxos essenciais. Além disso, é rica em fibras e em pigmentos naturais betalaínas que possuem ação antioxidante", ressalta.

Por ser uma boa fonte de fibras, a pitaya auxilia no bom funcionamento do intestino e consequentemente, ajuda no emagrecimento. A nutricionista ainda lembra que é importante priorizar o consumo da fruta in natura, mas outras opções também são interessantes para compor uma alimentação equilibrada. "A melhor forma de consumo da fruta é ao natural, mas pode-se também utilizá-la na preparação de sucos, congelar a polpa e utilizar na produção de sorvetes, também preparar geleias, conservas, compotas, doces e bolos", salienta.

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Fonte: Cresol Central

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