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POLVOS DE CROCHÊ AJUDAM A PROTEGER E ACALMAR BEBÊS PREMATUROS DA REGIÃO

A técnica proveniente da Dinamarca está ajudando bebês de Criciúma e região numa iniciativa da enfermeira de São João do Sul Gabriela Maciel, por meio do projeto 'Um Polvo de Amor'.

Os bebês prematuros do Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC) de Criciúma ganharam novos companheiros. Profissionais da unidade hospitalar passaram a utilizar polvos de lã para acalmar os recém-nascidos. Os tentáculos do objeto simulam o cordão umbilical da mãe e deixam os pequenos mais seguros.

A técnica proveniente da Dinamarca está ajudando bebês de Criciúma e região numa iniciativa da enfermeira de São João do Sul Gabriela Maciel, por meio do projeto "Um Polvo de Amor" postado no Facebook. A mãe da profissional, Rosmeri Wagner, confeccionou o primeiro polvo de crochê utilizado no HMISC. "O projeto já gerou excelentes resultados. Os bebês deixaram de ficar agitados nas incubadoras. Eles ficam com as mãos no polvo e, com isso, não puxam a sonda", explica Gabriela.

A pequena Maria Alice foi um dos bebês que utilizou o polvo de crochê na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). "Quando eu cheguei aqui foi bem difícil. Antes ela era muito agitada, mas agora teve uma mudança radical e ficou tranquila. Se deu certo com ela, vai dar certo com os outros bebês", ressalta Joise de Lemos Caetano, mãe da recém-nascida.

Conforme a psicóloga do HMISC, Ediléia Casemiro Colle, a técnica também auxilia na questão psicológica dos bebês prematuros. "No âmbito gestacional, os bebês possuem o cordão umbilical e água. É algo sensorial. Na incubadora não há nenhuma mantinha com eles. Com os polvos de crochê, eles têm um contato físico, que remete as lembranças da barriga da mãe", comenta.


Cuidados e benefícios segundo Gabriela 

Intitulado "Octo", o método iniciou em 2013, na Dinamarca. Criciúma é uma das primeiras cidades de Santa Catarina a utilizar a técnica. De acordo com Gabriela, os profissionais lavam os objetos e os armazenam na autoclave, com temperaturas de 110ºC, eliminando microrganismos que possam fazer mal aos recém-nascidos. O processo é realizado a cada cinco dias. 

Além de acalmar os bebês prematuros, os polvos também beneficiam pais e familiares. "A gente percebe que os pais, quando chegam perto dos bebês, olham primeiro a série de dispositivos e percebem uma certa agressão. Agora, com os bebês agarrando os polvos, é diferente. Os pais sabem que isso os conforta", destaca o diretor do HMISC, Leon Iotti.


Parceria com os Clubes de Mães

A iniciativa ultrapassa as barreiras da unidade hospitalar da Prefeitura de Criciúma. Os polvos de crochê estão sendo produzidos em parceria com os Clubes de Mães da região. Em São João do Sul o Clube de Mães do Centro está engajado na confecção dos polvos e enviando a instituição. "Os polvos não podem ter mais de 20 centímetros para não machucar os bebês", destaca Gabriela.

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