Tabaco tem grande importância na balança comercial brasileira e na formação de renda das regiões produtoras, especialmente na Região Sul

Daqui a dez anos, a produção de tabaco no País poderá apresentar variação positiva de 14,6%. Pelo menos é o que aponta o documento Projeções do Agronegócio, disponibilizado pela Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Conforme o estudo, publicado anualmente, o volume de tabaco produzido daria um salto de 771 mil toneladas em 2019 para 883 mil toneladas do produto em 2029.

Conforme a publicação, o tabaco tem grande importância na balança comercial brasileira e na formação de renda das regiões produtoras, especialmente na Região Sul. Neste ano, por exemplo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná somaram 96,8% da produção nacional. Somente os gaúchos responderam por 49% do total. Além disso, de junho de 2018 a maio deste ano, o tabaco e seus produtos geraram uma receita de exportação de US$ 2,1 bilhões.

O trabalho Projeções do Agronegócio - Brasil 2018/19 a 2028/29 foi desenvolvido por técnicos do Ministério da Agricultura e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com assessoria de instituições e de especialistas para a análise de resultados. Por meio da publicação, a ideia é indicar direções de desenvolvimento e fornecer subsídios aos formuladores de políticas públicas quanto as tendencias dos principais produtos do agronegócio. 

Assim, será possível identificar trajetórias e estruturar visões de futuro do agronegócio no contexto mundial. Além disso, para a formulação dos apontamentos, a projeção considera estudos realizados por instituições nacionais de diferentes regiões e internacionais. 

Ainda de acordo com a publicação, apesar de não contar com os resultados definitivos da safra deste ano, os resultados obtidos até então indicam a segunda maior safra de grãos do País, com 236,7 milhões de toneladas, conforme estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O valor bruto da produção (VBP), tomado como indicador de faturamento, é de R$ 600,9 bilhões, abaixo apenas do obtido em 2017, que foi de R$ 604,2 bilhões.