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Assessoria de Comunicação

REGIÃO SE UNE EM DEFESA DO ARROZ E DO LEITE: AUDIÊNCIA PÚBLICA PROPÕE SOLUÇÕES E COBRA AÇÃO DO GOVERNO FEDERAL

A crise que atinge as cadeias produtivas do arroz e do leite mobilizou, na manhã desta quinta-feira (05), lideranças políticas, produtores rurais, cooperativas e entidades empresariais em uma audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores de Araranguá, por proposição do vereador Nelson Soares (MDB) e da bancada do partido. O encontro, realizado na sede da ACIVA, consolidou uma pauta unificada em defesa dos agricultores do Extremo-Sul catarinense.

O vereador Nelson Soares, autor da iniciativa, abriu a audiência lembrando que o debate surgiu da escuta diária dos produtores e da necessidade urgente de proteger quem sustenta a economia regional. “A economia do Extremo-Sul depende desse setor que sustenta famílias e movimenta o comércio. Precisamos garantir preços justos, proteção contra importações e segurança para quem produz”, afirmou. Para Nelson, este é “o primeiro passo de uma mobilização permanente em defesa da agricultura da região”.

Os deputados Zé Milton Scheffer e Tiago Zilli também reforçaram a gravidade do momento. Zé Milton destacou que Santa Catarina é referência nacional em produtividade, mas enfrenta concorrência desleal e insegurança regulatória. Tiago Zilli lembrou que “quando o campo sofre, toda a economia local sente”, defendendo a união de esforços para garantir renda mínima e condições dignas aos produtores.

O deputado federal Valdir Cobalchini, presente ao evento, destacou seu trabalho na Comissão de Agricultura da Câmara e ressaltou o caráter nacional do debate: “Identificamos prática de dumping e o Ministério já publicou medida antidumping que visa igualar o preço do leite importado ao praticado no Brasil; esperamos ação semelhante para o arroz”, disse, ressaltando a necessidade de medidas técnicas e regulatórias para frear importações que desorganizam o mercado interno.

Produtores expõem realidade

Produtores locais deram relatos fortes sobre o impacto direto da crise. O rizicultor Diego Della Vecchia explicou que muitos agricultores estão produzindo abaixo do custo: “Hoje produzimos sem saber se vamos cobrir as despesas. Assim fica difícil permanecer na atividade.”

O setor leiteiro, igualmente pressionado, também foi representado. Um produtor de leite da região resumiu o cenário: “A gente trabalha todos os dias, mas com as importações e o preço pago pelo litro, muitos estão desistindo. Não dá mais para continuar desse jeito”. O depoimento emocionou os presentes e evidenciou a urgência de políticas efetivas.

Carta cobra soluções do Governo Federal

Representando a ACIVA, o presidente Jadiel Boza Della Vechia fez a leitura da Carta Institucional elaborada ao final da audiência — documento assinado por todas as entidades presentes e que será enviado ao Governo Federal, ao Ministério da Agricultura e Pecuária, à Bancada Parlamentar Catarinense e às demais autoridades citadas na reunião.

A carta reúne preocupações urgentes e cinco pedidos centrais:

1. Revisão das regras de importação de arroz e leite, para proteger a competitividade nacional e evitar que produtos estrangeiros derrubem os preços internos de forma injusta.

2. Políticas de proteção de renda ao produtor, incluindo instrumentos modernos de regulação de mercado e fortalecimento do preço mínimo.

3. Incentivo à pesquisa, inovação e assistência técnica, especialmente focada no pequeno e médio produtor.

4. Melhoria da infraestrutura logística, essencial para o escoamento da produção agrícola do Extremo-Sul.

5. Criação de um canal permanente de diálogo entre governo, entidades representativas e setor produtivo, garantindo que as políticas refletirem a realidade das cadeias produtivas.

O documento afirma que “o Extremo-Sul catarinense possui capacidade produtiva e excelência técnica”, mas carece de previsibilidade, segurança institucional e equilíbrio econômico para competir de forma justa e sustentável.

A audiência encerrou com o consenso de que o campo não pode esperar. A mobilização regional segue fortalecida, e a Carta Institucional assinada na ACIVA marca o início de uma agenda contínua de defesa dos produtores de arroz e leite — setores essenciais à economia e à vida das famílias do Extremo-Sul.

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