O município de Torres, cidade litorânea no extremo norte do Rio Grande do Sul, vem sendo habitada pelo homem há milhares de anos. Emancipada em 1878 é a mais antiga cidade da região.

O descobrimento do litoral torrense é atribuído à expedição náutica de 1514 comandada por João de Lisboa e teria sido denominado de Ilha da Baya.

 Os primeiros habitantes, segundo os historiadores, foram os indígenas Guaranis Carijós que viviam da pesca, da caça e práticas agrícolas, viveram na região até o ano de 1600, vários indícios foram encontrados em sítios arqueológicos chamados sambaquis.

Manoel Ferreira Porto é considerado o fundador de Torres. Sargento do império, em 1801 foi removido para tomar conta da guarda já existente desde 1773. Em 1815 conseguiu autorização através do Bispo do Rio de Janeiro D. José Caetano Coutinho para construir uma igreja. A capela foi construida junto a torre norte e a primeira missa foi rezada em 1820 no Distrito das Torres que pertencia à Santo Antonio da Patrulha.

José Antônio Picoral é considerado o pioneiro do turismo em Torres, construiu um hotel com infraestrutura para receber os turistas portoalegrenses e tinha como objetivo transformar a cidade na "Rainha das Praias Gaúchas", criou o folheto e divulgou nas salas de cinema da capital a praia de Torres e o Balneário Picoral. Por volta de 1920 estimulou a navegação lacustre na região, e posterior a VARIG abriu uma linha de hidroaviões para atender os "veranistas". Promoveu o crescimento econômico e social da região trazendo luz elétrica, câmara frigorífica, água encanada, instalações sanitárias modernas, lavanderia a vapor e serviço de torrefação de café e padaria primeiramente para servir o hotel, e posteriormente passando atender toda a vila. Surgiram ainda marcenaria, matadouro, produção de banha e fabriquetas de crina para os colchões.

O POVOAMENTO E A URBANIZAÇÃO

Em 1761 há a concessão de sesmarias entre a Itapeva e o Rio Mampituba. Em 1818 o Marquês de Alegre despacha autorizando a formação do povoado e a criação de um templo, em 1820 inicia à Povoação das Torres. Em 1837 a povoação foi elevada à freguesia.  

Emancipação Política - em 21 de maio de 1878 através da Lei nº 1152 foi elevada à categoria de Vila emancipada de Conceição do Arroio.

 A expansão econômica, social e urbana só aconteceu a partir do início do século XX, quando em vista de sua bela paisagem, clima ameno e boas praias de banho, o potencial turístico da cidade foi descoberto e passou a ser explorado.

Fatos interessantes: a primeira imagem de Torres que se tem notícia é uma aquarela do pintor Jean Baptiste Debret de 1928. A primeira vez que aparece a palavra "Torres" foi num mapa confeccionado em 1738 pelo Padre Diogo Soares "matemático do Rei", cartógrafo contratado pelo Governo de Portugal.

O Forte - Em 1809 D. Diogo de Souza criou uma guarnição militar servindo de presídio localizada na Torre Norte.

Colonização Alemã - em 1825 chegaram os primeiros colonos alemães estabelecendo em D. Pedro de Alcântara e Três Forquilhas.

Em 1820 o viajante e naturalista Saint Hilaire passou por Torres.

A ideia da construção de um Porto em Torres iniciou em 1857, a sugestão é que fosse construído dois molhes mar adentro, um a partir da Torre do Norte e o outro na Torre do Centro, até perto da Ilha dos Lobos, apesar dos apontamentos de viabilidade, por influencias políticas o porto foi construído na cidade de Rio Grande. Após esse fato outras perspectivas de construção de um porto foram levantadas em 1890, 1905 (preferiram em Santa Catarina devido à exploração do carvão) e por fim em 1928.

TURISMO

A cidade de Torres vive hoje essencialmente em torno do turismo que sua bela paisagem natural e suas praias de banho favorecem. Esta vocação turística, como já se aludiu, foi instituída no início do século XX por José Picoral, o primeiro a vislumbrar a cidade como um balneário atraente para os habitantes do interior do estado, especialmente de Porto Alegre, oferecendo uma infraestrutura hoteleira básica. A partir de sua iniciativa, Torres se tornou um balneário da moda para os riograndenses, e tal fama ainda persiste. Segundo dados da Prefeitura, Torres atualmente recebe entre dezembro e fevereiro "400 mil turistas, o número de veranistas fixos durante o veraneio está em torno de 100 mil, e vem aumentando consideravelmente a cada ano". A população flutuante no verão pode chegar a 200 mil pessoas. A cidade, por isso, já desenvolveu sólida infraestrutura turística, com grande número de hotéis de todos os níveis e tipos, incluindo pousadas e hotéis para cães, e boa oferta de serviços. 

Variados eventos organizados na cidade também atraem apreciáveis contingentes de público visitante. Por exemplo, Carnaval, competições, eventos, festas, feiras, mostras, atividades culturais e artísticas que são promovidos não só no verão, quando são certamente mais numerosos, mas também ao longo de todo o ano. Destes talvez o mais importante seja o Festival Internacional de Balonismo, realizado entre abril e maio. É considerado um dos maiores festivais de balonismo do mundo, estando já em sua 29ª edição em 2017. Neste festival houve um número recorde de participantes, com mais de 300 mil pessoas presentes. Mas também são organizados inúmeros eventos mais voltados para a população residente, embora tenham interesse turístico, como Festa Junina oficial de caráter familiar, mostras de artesanato de associações comunitárias e as comemorações locais da Semana Farroupilha, Rodeio Crioulo, etc.

PODER EXECUTIVO MUNICIPAL

Emancipado em 21 de maio de 1978, através da Lei nº 1.152 assinada pelo presidente da Província, Américo de Moura Andrade, Torres é um dos municípios mais antigos do Rio Grande do Sul.  

O Poder Executivo é representado atualmente pelo prefeito Carlos Alberto Matos de Souza e o vice-prefeito Fábio Amoretti que ocupam os cargos desde janeiro de 2017. A atual administração conta com as secretarias e diretorias, além da Procuradoria-Geral do Município. Estes oficiais coordenam uma série de outras instâncias administrativas, entre órgãos e projetos, que buscam entre outros objetivos promover o desenvolvimento integral do município.

Procuradoria do Município - Procuradora: Pamela da Rosa de Souza;

Administração e Empreendedorismo - secretário: Mateus Junges Gomes;

 Assistência Social e Direitos Humanos - secretária: Neusa de Araújo Carlo;

 Desenvolvimento Rural e Pesca - secretário: José Vanderlei Brocca;

 Educação - secretária: Vilma Aguiar;

 Fazenda - secretária: Clarisse Brovedan;

 Obras e Serviços Públicos - secretário: Davino Lopes;

 Planejamento e Meio Ambiente - secretária: Eliana Machado;

 Saúde - secretária: Adriani Webber Amoretti;

Turismo, Cultura e Esporte - secretária: Carla Daitx;

Diretoria de Políticas Afirmativas - siretora: Sílvia Teixeira;

 Diretoria de Comunicação - diretor: Fernando Néry.

PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL

A Câmara de Vereadores de Torres tem como principal função legislar, elaborar leis (quando for permitida a iniciativa do legislativo), analisar, discutir e votar todas as leis do município. No entanto, também existem outras funções importantes, pois as atribuições do vereador vão além da função legislativa e dos limites da Câmara, ele precisa estar disponível para ouvir permanentemente a sociedade e conhecer bem todos seus problemas. 

O município precisa de bons representantes e por isso conta atualmente com a presidente da câmara Gisele Maria Duarte Rodrigues (PP), vice-presidente Rogério Evaldt Jacob (PDT), 1ª secretária Mariete da Silveira (PT), 2º secretário Jeferson de Jesus Santos (PTB) e os vereadores Carlos Roberto Machado Monteiro (PMDB), Gibraltar Pedro Cipriano Vidal (PMDB), Valdemar Alves Bresolin (PP), Marcos Paulo Klassen (PMDB), Valmir Daitx Alexandre (PRB), Deomar dos Santos Goulart (PDT), Fábio da Rosa (PP), Carlos Alberto da Silva Jacques (PMDB) e Ernando Elias da Silveira (REDE) eleitos para o mandato 2017/2020.