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O PAPO É MEIO AMBIENTE: Por Roger Maciel Biólogo

Perigo “Invisível”: As Águas-vivas e Seus Tentáculos Urticantes nas Praias
Olá, Amigo Leitor(a)!
As férias de verão estão chegando e com elas as tão esperadas idas às praias. No entanto, um visitante discreto dos mares pode transformar um dia de diversão em um momento de preocupação: as águas-vivas. Conhecidas popularmente como mães d'água, essas criaturas marinhas pertencem à classe dos cifozoários e se destacam por seus corpos quase etéreos, caracterizados por uma textura mole, gelatinosa e muitas vezes, translúcida. Essas características que conferem à elas uma aparência encantadora escondem um mecanismo de defesa bastante eficaz e, muitas vezes, doloroso. Os tentáculos das águas-vivas são cobertos por células especializadas chamadas cnidócitos, responsáveis por liberar toxinas urticantes. A função principal dessas toxinas é capturar presas, mas também servem como defesa contra predadores. Infelizmente, ao tocar na pele humana, essas toxinas podem provocar sensações dolorosas, popularmente conhecidas como "queimaduras".
A presença das águas-vivas nas praias não é aleatória; elas são frequentemente trazidas para mais perto da costa pelas correntes marítimas. Dessa forma, é importante estar atento às condições do mar antes de entrar na água, especialmente em períodos em que a concentração desses animais pode aumentar. Caso você ou alguém próximo venha a sofrer uma queimadura causada por água-viva, é crucial saber como proceder. O primeiro passo é sair imediatamente da água para evitar novas ocorrências, jamais esfregue a área afetada, pois isso pode intensificar a dor e espalhar ainda mais as toxinas. Embora a reação inicial seja procurar água doce para lavar a região, isso pode ser um erro, pois a água doce pode ativar ainda mais os cnidócitos. Em vez disso, utilize água do mar para lavar o local da queimadura. Outra alternativa eficaz é a aplicação de vinagre, que pode ajudar a neutralizar a ação das toxinas. Entretanto, se o desconforto persistir ou a dor for particularmente intensa, é recomendável procurar imediatamente assistência médica em uma unidade de pronto socorro. Além disso, é importante informar a situação aos salva-vidas presentes na praia, eles têm o protocolo de sinalizar a presença dessas criaturas com uma bandeira de cor lilás, alertando assim outros banhistas sobre o risco potencial.
Meus caros leitores, essa temporada está com um aumento significativo de casos de queimaduras por águas-vivas, então para os pais, a precaução é fundamental. Crianças são especialmente vulneráveis às toxinas das águas-vivas, e as reações nelas podem ser mais graves devido à pele delicada e ao seu menor tamanho corporal. Portanto, em locais onde já houve relatos de contato com elas, é prudente manter as crianças fora da água até que a situação esteja sob controle. As águas-vivas fazem parte do fascinante ecossistema marinho e desempenham seu papel natural nele, o conhecimento sobre a interação com esses animais pode oferecer uma experiência de praia mais segura e tranquila. Fique atento aos sinais das autoridades locais e não hesite em buscar informações sobre as condições do mar. Afinal, a natureza é tão surpreendente quanto exigente em termos de respeito e cuidado.
Até a próxima! Feliz Ano Novo!
PRESERVE O MEIO AMBIENTE.

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