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O PAPO É MEIO AMBIENTE: Por Roger Maciel Biólogo

Nosso Vizinho Aquático: A Capivara, entre a Preservação e os Riscos
Olá amigo (a) leitor (a). O maior roedor do mundo é uma peça-chave na biodiversidade, mas exige cuidados e coexistência harmoniosa.
Quem aqui mora ou frequenta a nossa região que nunca se encantou com a imagem de uma família de capivaras relaxando à beira do Rio Mampituba? Esses simpáticos roedores, maiores do mundo, são verdadeiras celebridades da fauna brasileira. Mas além de serem adoráveis, as capivaras desempenham um papel fundamental nos ecossistemas aquáticos. Como engenheiras ecológicas, modificam o ambiente ao seu redor, criando pequenas depressões que se transformam em poças d'água, oferecendo abrigo para outros animais e reservatórios essenciais em períodos de seca. Ao se alimentarem de plantas aquáticas, contribuem para a limpeza dos corpos d'água e controlam a proliferação de algumas espécies vegetais, garantindo o equilíbrio do ambiente. Além disso, são importantes dispersoras de sementes, contribuindo para a regeneração da vegetação. A presença de capivaras em um local é um sinal de um ecossistema saudável. Elas são verdadeiras indicadoras ambientais, revelando a boa qualidade da água e o vigor da natureza.
Mas nem tudo são flores. Apesar de sua importância, as capivaras também representam um risco à saúde humana. Por serem hospedeiras de diversos parasitas, como carrapatos e protozoários, podem transmitir doenças como a leptospirose. O contato com a urina ou fezes desses animais, ou mesmo a ingestão de água contaminada, são as principais vias de transmissão. Além disso por serem vetor do carrapato estrela o contato direto com o animal pode transmitir a bactéria da febre maculosa.
E como conciliar a preservação dessas criaturas com a saúde pública? A resposta passa pela educação ambiental e pela gestão adequada dos espaços. É fundamental conscientizar a população sobre a importância das capivaras e os riscos de contato com seus excrementos. A criação de áreas verdes e corredores ecológicos permite que esses animais tenham espaços adequados para viver, reduzindo o contato com áreas urbanas.
O monitoramento da saúde das capivaras também é crucial para identificar e controlar a presença de parasitas e doenças. E, claro, a implantação de sistemas de saneamento básico é essencial para evitar a contaminação de água e alimentos e reduzir o risco de transmissão de doenças.
Em resumo, as capivaras são um tesouro da nossa biodiversidade. Ao compreender sua importância e os riscos que representam, podemos promover a coexistência entre humanos e esses roedores, garantindo a preservação da natureza e a saúde pública. Afinal, a natureza nos oferece diversos serviços ecossistêmicos, e a proteção das capivaras é uma forma de agradecer por esses benefícios.
Meus caros leitores! É preciso lembrar que a natureza não existe em ilhas isoladas. Todos os seres vivos estão interligados, e a saúde de um ecossistema depende da saúde de todos os seus componentes. Ao respeitar e proteger as capivaras, estamos, na verdade, protegendo a nós mesmos.
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Até a próxima!
PRESERVE O MEIO AMBIENTE!

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