Em reunião na Câmara de Vereadores, prefeito apresentou números preocupantes para o município.

Na tarde de quarta-feira, 22 de fevereiro, o prefeito de Torres, Carlos Souza, juntamente com o comitê financeiro da prefeitura, composto pelo secretário de Administração Matheus Junges, secretária da Fazenda Maria Clarice Brovedan, chefe de Gabinete Mauro Dias, procuradora geral do município Pâmela Souza, realizou na Câmara de Vereadores, uma apresentação da situação financeira em que o município se encontra. De acordo com o prefeito, esse é um dos objetivos em sua gestão, dar transparência às suas ações frente ao executivo.
Com a presença dos vereadores Deomar Goulart, Gibraltar Pedro Cipriano, Valmir Daitx, Jeferson Santos, Marcos Paulo Klassen, Carlos Roberto Machado Monteiro, Fábio da Rosa, Valdemar Bresolin e Mariete da Silveira, secretários, diretores, demais funcionários da Administração Municipal e público em geral, o prefei-to Carlos mostrou como recebeu a prefeitura no início do seu mandato, com uma insuficiência financeira de R$ 8.997.294,11 a curto prazo e uma dívida total de R$ 21.094,287,88 também a curto prazo.
A previsão orçamentária para 2017 é de R$ 146.985.263,66, sendo o orçamento da câmara de R$ 4.030.000,00; do RPPS de R$ 24.108.287,24 e da prefeitura, R$ 118.846.976,42. A dívida com fornecedores e folha de pagamento a curto prazo, numa projeção até 31/12/2017 é de R$ 10.782.630,30. Isso sem realizar nenhuma nova despesa, como eventos, obras e contratações. Numa projeção, levando em conta a diminuição da arrecadação em 2016 de 5% no valor previsto, se esta se repetir em 2017, podem ser mais R$ 7.300.000,00, totalizando uma projeção de déficit total de R$ 18.082.630,30. Os serviços essenciais estão garantidos, salientou o prefeito, frisando ainda que a sua grande meta é zerar o déficit e não deixar dívidas para a próxima gestão.
Diante desta conjuntura, o prefeito elencou algumas medidas num prazo de 100 dias para enfrentar a crise, como por exemplo o corte de despesas com diárias, renegociação dos contratos em vigor, cortes de CC's e corte/fusão de 03 secretarias. Para gerar mais receita, Carlos busca intensificar a cobrança da dívida ativa, fiscalizar os imóveis (IPTU), leiloar bens inservíveis ao município e intensificar a captação de recursos por emendas e projetos, dentre diversas outras ações. A definição de prioridades com racionalização de eventos é outra medida. O Festival Internacional do Balonismo e o Réveillon são as prioridades no momento. Na oportunidade, lembrou ainda que o carnaval de Torres já chegou a custar R$ 2.000,000,00, e este ano terá um custo de aproximadamente R$ 250.000,00. Algumas questões foram pontualmente debatidas e trazidas pelos vereadores, caso do reajuste dos servidores municipais, por exemplo. A reivindicação do SIMTO e CEPEMTO é de 6,66%. O prefeito comentou que o aumento é justo, porém a situação financeira do município não permite gastos adicionais e que mesmo assim fez uma proposta.
"Não é mais possível vender o futuro para pagar o presente, ao contrário, é preciso agir no presente para garantir o futuro, e é isso que estamos fazendo". Finalizou o prefeito Carlos Souza.