O zoneamento do maracujá é o estudo climático com as características do solo, adequação da área, época de plantio, colheita e cuidados em cada município para garantir uma boa colheita aos produtores.

O Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural de Mampituba (RS), Ministério da Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (MAPA), Emater/RS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Coopamam, Frutam, Prefeitura de Mampituba (RS), Câmara de Vereadores e Câmara dos Deputados, realizaram na segunda-feira (21) às 13:30h no Salão Comunitário São José Operário de Mampituba, uma palestra sobre zoneamento agrícola e controle de virose do maracujá. 
O encontro contou com a presença do deputado federal, Alceu Moreira (um dos organizadores do evento); prefeito municipal de Mampituba, Pedro Juarez da Silva; vice-prefeito e prefeito eleito, Dirceu Gonçalves Selau; presidente da Câmara de Vereadores, João Pacheco Lopes; vereador e vice-prefeito eleito, Gilberto Roldão; coordenador do MPA, Paulo Boff Ribeiro; presidente da Frutam, Ricardo dos Santos; presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mampituba, Alcides Lopes; presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e prefeito eleito de Morrinhos do Sul, Luiz Evaldt Steffen; presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Três Forquilhas, Dilsoni Barros de Souza; presidente da Coopermeco, Rafael Lopes da Silva; superintendente do Ministério da Agricultura e Abastecimento, Leonardo Toss; técnicos da Emater, movimento agrário e agricultores gaúchos de Mampituba, Morrinhos do Sul e região.
Aprimorar e fomentar o cultivo de maracujá na região, através da obtenção do zoneamento agrícola que facilite a expansão da cultura e o controle da virose do maracujazeiro foram os principais temas abordados no encontro. 
O zoneamento agrícola é realizado pela Unidade da Federação com resultado de análises e modelagem de clima e informações fenológicas (relacionadas às culturas). A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolve um estudo sobre as exigências mínimas de cada cultura a ser zoneada. Desde os estudos das séries climáticas e as características por tipo de solo à cultivar em cada município. Portanto, o zoneamento do maracujá é a garantia de produção, adequação da área, época de plantio, colheita, tratamento, etc.
Para o deputado federal Alceu Moreira, o plantio do maracujá se adaptou muito bem na região, a produção e as condições climáticas são favoráveis, então, é necessário que todos os produtores se adaptem as exigências estabelecidas pelos órgãos públicos. "Precisamos estar se adequando ao zoneamento para poder realizar financiamentos em bancos, fazer o seguro agrícola e receber todos os incentivos do Pronaf", disse o deputado, na oportunidade em que deixou uma emenda parlamentar no valor de 200 mil reais ao município de Mampituba, para compra de equipamentos, pesquisas e investimentos na produção agrícola, principalmente na produção de maracujá.
O engenheiro agrônomo da Emater, Luis Bohn, argumentou sobre a importância do zoneamento para o desenvolvimento da produção de maracujá no município de Mampituba. 
A posição do Ministério da Agricultura Pesca e Abastecimento foi apresentada por Leonardo Toss, que esteve representando o superintendente do MAPA no RS, Roberto Schoreder. Para ele, o zoneamento é de fundamental importância para a atividade econômica na região e ressaltou que o processo se dará através da elaboração de um projeto técnico e que em poucos meses a Portaria referente a aprovação do zoneamento já estará publicada nos órgãos oficiais. Quem também esteve presente no encontro foi Marcio Madalena, que representou a Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário que entre outros temas comunicou que a Festa Municipal da Banana de Mampituba já é parte integrante do Calendário de Eventos do órgão e sugeriu que na próxima edição fosse realizado um seminário durante o evento para tratar do zoneamento do maracujá, que já deverá estar em fase de conclusão no próximo ano.
Após o pronunciamento do deputado Alceu Moreira, representantes de entidades e demais autoridades presentes, os técnicos da Emater e MAPA falaram sobre as principais doenças no maracujazeiros da região, que segundo a engenheira agrônoma da Emater Lauren Petenon a doença é provocada por um vírus, "mosaico" que atinge outras plantas e que não pode ser eliminada através da aplicação de produtos químicos, sendo necessárias algumas medidas preventivas como: erradicação dos focos de plantas doentes; evitando o trânsito de pessoas vindas de outros pomares; evitando o uso de ferramentas de áreas contaminadas; não comprando mudas sem procedência garantida; utilizar no plantio mudas grandes com tamanho superior a 80 cm e instalação de quebra ventos nos pomares, entre outras medidas preventivas.
Os principais sintomas causados nos maracujazeiros são a deformação, endurecimento e espessamento do pericarpo dos frutos, que manifestam redução do tamanho, baixo rendimento de polpa e número reduzido de sementes. As folhas de plantas infectadas mostram sintomas generalizados de mosaico foliar, mosaico bolhoso, manchas cloróticas e deformação do limbo foliar. São considerados hospedeiros do vírus: maracujá azedo e maracujá doce, mas também culturas de leguminosas como o amendoim, soja, feijão, moranga e espécies de crotalária.
O escritório municipal da Emater se colocou à disposição dos produtores para maiores informações sobre a doença e se for necessário vai realizar o acompanhamento técnico junto as lavouras.